John Campbell by Manuel Ascenção

Recebí uma mensagem de e-mail do Manuel Ascenção indicando para uma postagem os trabalhos de John Campbell. Como se não bastasse, o Manuel mandou o release e os links dos álbums. Ou seja, serviço completo.

O problema é que ele mandou este material justo no momento que eu estava envolvido com o período de provas da faculdade, com trocentas provas para corrigir, e sem muito tempo para me dedicar ao SdN.

Gostaria de pedir desculpas ao Manuel pelo atraso na postagem e agradecer os links.

Então, vamos lá:

Quando os críticos de música listam as lendas do blues, você provavelmente não irá ver o nome do guitarrista nascido na Louisiana John Campbell. Ele faleceu em 1993, justamente quando ele estava prestes a estabelecer o seu legítimo lugar na hierarquia da grandeza do blues. Por contas convencionais, seu currículo pode parecer um pouco magro. Ele lançou apenas três álbuns de música em sua vida. Mas, John Campbell deve ser lembrado de como ele viveu e tocou a música que ele gravou. Campbell era especial.

Para John Campbell o caminho não foi fácil. Antes de ser descoberto, em Nova York, Campbell passou os últimos 25 anos vivendo o blues e estudando seus preceitos como monge em formação. Seriamente ferido em um acidente de carro em sua adolescência, Campbell saiu de casa e abandonou a escola aos 16 anos. Ele morava na parte traseira dos edifícios abandonados, dormia em estações de ônibus, e ainda vendeu seu sangue para comprar de cordas novas. Embora tivesse aprendido a tocar guitarra aos 3 anos, ele aprendeu a tocar o blues, observando e ouvindo os grandes bluesmen da época: Lightnin Hopkins, Muddy Waters, John Lee Hooker, e Howlin Wolf. Ele pesquisou-os e mergulhou em suas músicas, suas histórias e seus mitos.

Quando ele teve a oportunidade de gravar para a Elektra, em 1991, ele transformou o blues em algo que era completamente diferente e, ainda assim, tão fundamentada na mitologia e lendas do blues. Sua música era crua, elétrico, e honesto. Sua voz era áspera - às vezes ele emitia gemidos ou grunhidos em vez de cantar. Suas músicas eram sobre cemitérios, feitiços de vodu, os encantos de hoodoo, Cérberus e até mesmo Satanás.

13 junho de 2003 marca o aniversário do 10° aniversário de sua morte. Se ele tivesse vivido, ele pode ter levado o blues além de sua obediência a formas rígidas e sua obsessão com o tempo. Na Europa, seus registros foram top 40 e graças a turnê non-stop nos Estados Unidos, seu perfil foi aumentando.

Ele acreditava que o blues era mais do que apenas uma classificação da música. Ele viu que é um modo de vida. Ele descobriu a sua alma e abraçou seus demônios interiores. Só isso já o coloca na companhia de elite.

John Campbell (1991) One Believer

Personnel:
John Campbell - Guitar, Slide Guitar, Vocals
Gary Nicholson - Guitar
Jimmy Pugh - Keyboards
Antoine Salley - Bass
Jimmy Pettit - Bass
Richard Cousins - Bass
Lee Spath - Drums, Percussion
Davis McLarty - Drums
Brad Dutz - Percussion
Darrell Leonard - Horn, Trumpet
Joe Sublett - Horn
Kenneth Tussing - Horn

Tracks:
01 - Devil In My Closet 06:01
02 - Angel Of Sorrow 04:16
03 - Wild Streak 05:01
04 - Couldn't Do Nothin' 03:49
05 - Tiny Coffin 04:45
06 - World Of Trouble 06:10
07 - Voodoo Edge 04:09
08 - Person To Person 03:50
09 - Take Me Down 06:46
10 - One Believer 05:34


[MU] [79Mb @256kbps]




John Campbell (1993) Howlin Mercy

Personnel:
John Campbell - Guitar, Vocals
Zonder Kennedy - Guitar
Jimmy Pettit - Bass
Davis McLarty - Drums
Elvin Diablo - Percussion, Shaker
Edwin "Clutch" Ravel - Percussion
Antoine Salley - Percussion

Tracks:
01 - Ain't Afraid Of Midnight 05:18
02 - When The Levee Breaks 06:16
03 - Down In The Hole 04:58
04 - Look What Love Can Do 05:12
05 - Saddle Up My Pony 07:18
06 - Firin' Line 05:41
07 - Love's Name 04:20
08 - Written In Stone 05:16
09 - Wiseblood 05:16
10 - Wolf Among The Lambs 06:15


[MU] [87Mb @192kbps]