terça-feira, 26 de outubro de 2010

Big Ball by Sasquepola


Big Ball (2010) Hotter Than Hell

Faça o seguinte: antes de ler mais uma linha e/ou baixar o disco, ligue o som do computador (cuidado se estiver no trabalho!) e entre na página oficial da banda para ter um gostinho do que vem por aí.

Agora que podemos conversar com mais calma é preciso dizer que não há muito o que dizer sobre o Big Ball, exceto que a banda é mais um clone, desta vez vindo da Alemanha, do AC/DC. Ser clone não é ruim se o serviço é bem feito, e esse é bem o caso do Big Ball, pois se eles não são puramente genéricos dos australianos, é inegável a fonte de onde eles obtiveram sua inspiração. Segundo o site da própria banda, “se você acha AC/DC uma droga, você vai nos odiar da mesma maneira”. Como eu nunca me canso de quem faz música boa inspirado por quem fez música boa, Big Ball é uma banda que vai ficar um tempo no player do meu carro.

Liderado pelo vocalista Thomas Gurrath (ex-Debauchery), a banda soa como um Udo Dirkschneider (do Accept) de mau-humor, e as vezes mesmo como um finado Brian Jonhson, um Brian Johnson puto da vida – o que acaba sendo muito bom! (Duga, por favor, se eu exagerar me corrija mas antes fique sabendo que essa banda foi para você!).

Encarando os fatos, você não vai encontrar letras que fariam o PauNo Coelho chorar atrás da curva do último rio assistindo ao último por-do-sol da Terra enquanto descobre a resposta para a vida, o universo e tudo mais, e nem algo que o Peter Jackson ousaria dirigir em uma trilogia “Hollywoodiana” sobre, mas são letras muito bem humoradas, muito sarcásticas (por vezes soando como uma versão x-rated do AC/DC) e ideais para crismas, batizados e bar mitzvahs (e para esfolar vivos avós, padres, prefeitos e outras autoridades em geral). Porém “Hotter Than Hell” acaba por ser um disco liricamente repetitivo, onde “Plugged In” é uma ótima faixa de hardrock e com solos muito legais, assim como todas as outras faixas (principalmente “Double Demon”, “Wrecking Ball” e “Big Ball Crew”).

Outras bandas como Airborne e Bullet, também devem muito ao AC/DC mas olhando com cuidado para elas você acaba encontrando faixas com energias diferentes ou pontadas de originalidade (ou ambas), com as bandas demonstrando que querem algo diferente. Porém a Big Ball não apresenta essa busca por algo mais. O disco inteiro, se você ouve descuidadamente, parece ser uma grande e única música interminável. Se isso pode parecer bom a primeira vista, acho que é algo que a banda precisará mudar no futuro se quiser se consagrar como uma banda de verdade e não um “cover inédito”, mas que isso fique para um próximo disco...

A Big Ball chega a alguns extremos de parecer um disco perdido (ou um tributo) da era Brian Johnson e só isso já é motivo para ao menos uma audição. Recomendo.


Personnel:
Thomas Gurrath - vocals, guitar
Tom Naumann - guitar
Dennis Ward - bass
Chris - drums

Tracklist:
1. Double Demon 4:17
2. Porna Lisa 3:44
3. Big Ball Crew 3:51
4. Killdozer 3:21
5. Free Fire Zone 3:48
6. Hell Whores & High Heels 3:07
7. Hotter Than Hell 3:50
8. Shooter 3:14
9. Plugged In 3:16
10. Wrecking Ball 3:26
11. Groove Monster Machine 3:22
12. Rocknroll Stomper 4:48
13. Riding With The Devil 3:42


[MU] [64Mb]

16 comentários:

Anônimo disse...

Pô, Sasquepola, obrigado, mas tu não vais acreditar: pode até ser coincidência (com a tua, vamos dizer assim, falta de sintonia com os Byrds), mas o fato é que eu nunca fui muito chegado no AC/DC (antes do apedrejamento, saibam que o sistema penal brasileiro é diferente do iraniano; então, segurem aí os paralepípedos...), nem antes nem depois. Questão de gosto mesmo, assim como nunca gostei muito do Queen, Thin Lizzy, Nazareth, Kiss, Black Sabbath, Aerosmith, apenas para citar alguns medalhões do hard e classic rock (assim como tem gente que não suporta o Steppenwolf, por exemplo, que é a minha banda favorita "per saecula saeculorum"). É aquela velha história: se todo mundo gostasse do vermelho, o que seria do amarelo... Um abraço, e mais uma vez obrigado pela oferta, que, infelizmente, vou ter que declinar (eu sei que cavalo dado não se olham os dentes; mas, no caso, o pangaré veio desdentado... brincadeira: valeu pela intenção, que é sempre o que importa).

Anônimo disse...

O Brian Johnson morreu e eu não sabia... Deve estar tomando todas com o Bon Scott...
Que vacilo...

JJ

Edson d'Aquino disse...

Já havia baixado esse cd pela capa (não adianta, sou formado em DI e artes gráficas são um fraco meu) mas me decepcionei por ser uma cópia descarada do AC/DC, que eu adoro. Diverte? Huuummm, sim, mas o mundo não precisa de 2 AC/DCs.
Mas tá valendo!
[]ões

Cristiano.Moreira disse...

Pô, só bomba, tá parecendo um iraque (brincadeirinha!). Bom, vou tentar salvar, pois gosto do AC/DC e gostei do Ball, mas concordo com d'Aquino que 2 é demais. Quanto ao duga, eu perdoo por não gostar de alguns medalões do hard, pois a justificativa é plausivel e lá no roqueiro tem bandas que compensam. Mas este tal de Anonimo deveria, no miníno, se identificar para fazer uma colação tão infeliz. Aposto que vive "sugando" som dos blogs, tampouco, se identifica e vem ironizando. É brincadeira.
Para Sasquepola, valeu irmão! Baixei e já to gelando a breja para o final de semana!

Anônimo disse...

Obrigado pelo perdão, Cristiano. Um abraço.

Sasquepola disse...

Obrigado por ir gelando a cerveja para o fim-de-semana, Cristiano. Um abraço.

Sasquepola disse...

Pois é, Edson. Não só a capa é criativa como o site dos caras também é muito bem-feito. Quanto ao mundo não precisar de um segundo AC/DC eu discordo, pois se existe espaço para Calypso e para Sertanojo em geral é porque ainda está sobrando espaço para uns sessenta AC/DC...

Abraço e valeu por aquele Mostly Autumn lá no G&B, muito bom!

Sasquepola disse...

Pô JJ! Você entendeu que eu quis escrever Bon Scott... Era só dar um toquezinho que eu mudava o fim do texto!. Um Abraço e valeu pelo comentário.

P.S.: Você gostou ou não do som? Ecreva aí o que você achou!

Celso Loos disse...

Hummm!?!

Não conheço esse negócio aí não.

Mas aguçaram minha curiosidade com esse papo de ac/dc. Não que seja fanzaço dos australianos, mas o simples fato de não gravarem nenhuma balada já é o máximo hauhauha

Concordo contigo Sasquepola: se podem coexistir Gênesis e Marillon; ELP e um monte de trios de superultramega músicos, por quê não AC/DC?

Som na caixa!

Abração

Edson d'Aquino disse...

KKKKKKKKKK...Sasquepola e Celsão, eu não disse que NÃO EXISTE espaço ou NÃO PODEM COEXISTIR. Eu disse que o mundo NÃO PRECISA de 2 (ou mais) AC/DCs.
E também NÃO PRECISA DE NENHUM Calypso, NX Zero, Cine, Restart,e por aí vai...
[]ões

Ricardo Sarcinelli disse...

Tem o Dennis ward no baixo (Pink Cream 69)e produtor foda. Não ouví - ainda - mas vou baixar na certeza de que o álbum ao menos é muito bem produzido.
Abraço a todos!

Sasquepola disse...

Eu sei Edson, era somente zoeira! Mas do jeito que o "mundo" "musical" brasileiro está indo, nossos descendentes (legítimos ou não) vão ouvir é ProgPagode ou DeathBlackDoomAxé.

Que Deus nos livre.

Sasquepola disse...

Ricardo, pode abaixar (o álbum! o álbum!) que é bom.

Abraços.

Anônimo disse...

não abaixa não que pega mal... baixa que é melhor... desculpe amigo, caiu na pequena área é penalty. hehehe

Celso Loos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Celso Loos disse...

É penalti (com i), seu colonizado.
E põe seu nome para sabermos quem é o professor analfabeto.

E nem vou levar em consideração que na GRANDE área também é penalidade.

huahuahauahua como é babaca.......