sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Jesse Colin Young by Dugabowski

Jesse Colin Young múltiplo: bandleader (The Youngbloods) & solo.


The Youngbloods (1969) Elephant Mountain

Músicos:
Jesse Colin Young: bass, guitar, vocals
Joe Bauer: drums
Lowell “Banana” Levinger: keyboards

Faixas:
1. Darkness, Darkness
2. Smug
3. On Sir Francis Drake
4. Sunlight
5. Double Sunlight
6. Beatiful
7. Turn It Over
8. Rain Song
9. Trillium
10. Quicksand
11. Black Mountain Breakdown
12. Sham
13. Ride The Wind


[MU] [88MB @320kbps]



Jesse Colin Young (1972) Together

Músicos:
Jesse Colin Young – vocals, guitar, bass, tenor and alto saxophone
Scott Lawrence – piano
Jeffery Myer – drums
Richard Earthquake Anderson – harmonica
Peter Childs – dobro
Eddy Ottenstein – lead guitar (‘Six Days’ and ‘Born In Chicago’).
Jerry Corbitt and Suzi Young – harmonies
Ron Stallings and John Wilmeth – horns (‘Good Times’)

Faixas:
1. Good Times
2. Sweet Little Child
3. Together
4. Sweet Little Sixteen
5. The Peace Song
6. Six Days On The Road
7. Lovely Day
8. Creole Belle
9. 1000 Miles From Nowhere (6000 Miles)
10.Born In Chicago
11. Pastures Of Plenty


[MU] [89MB @320kbps]

Minha intenção inicial era compartilhar com o distinto público do SdN apenas o disco “Together”, do Jesse Colin Young em carreira solo, gravado em 1972, que eu considero muito bom (se o considerasse ruim, eu o postaria? O All Jaffee ia gostar desta...); perdi a conta de quantas vezes o escutei ainda na versão em vinil (pra mim, é o chamado disco redondo, no sentido de bem acabado, de que não tem nada faltando nem sobrando, tampouco ninguém “inventando”; numa analogia com a literatura, diria que é um álbum enxuto: só há o necessário, o bastante para garantir-lhe a medida certa de exatidão, como numa engrenagem bem azeitada; contribuíram para isso: músicos competentes e à vontade (as gravações, ou parte delas, segundo o encarte do CD, rolaram na casa do Jesse, que, aliás, também se encarregou da produção do disco; dê-lhe descontração...) – seria injusto, entretanto, não destacar, de um lado, a reconhecida boa voz do Jesse, e, de outro lado, a discreta mas certeira guitarra de Eddy Ottenstein nas faixas 6 e 10 do disco, não por acaso as minhas prediletas –; ótimo repertório, eclético mas coeso no resultado; as músicas lentas e rápidas alternam-se sem sobressaltos e sem entediar; arranjos simples porém eficientes; em suma: um disco acima da média, do meu ponto de vista, e de prazerosa audição.

Todavia, como possuo também o disco “Elephant Mountain”, do The Youngbloods, banda que o Jesse Colin Young fundou e liderou durante a sua curta existência (da banda, não do Jesse, que está bem vivo, tomando cafezinho no Hawaii..., como se verá mais adiante), disco que também reputo muito bom (não vou mais facilitar pro All Jaffee...), resolvi postar os dois duma vez; assim, quem resolver baixá-los, além de ouvir dois trabalhos feitos com esmero e elogiados, terá a chance de comparar as performances do músico que une ambos, e verificar em qual delas ele se saiu melhor (esclarecendo: a finalidade do cotejo não é estatística; é mero passatempo; mas, quem sabe... de repente, pode servir para engrossar uma futura lista (e não tem sempre uma saindo do forno?): dos músicos debandados que mais se deram bem – em termos qualitativos, não monetários – em carreira solo; que eu me lembre, foram bem poucos (o próprio Jesse Colin Young, por exemplo, pro meu gosto, em carreira solo, só acertou a mão em “Together”; o seu “Song For Juli”, xodó da crítica, e os demais não encontraram espaço na minha estante...); em contrapartida, do ponto de vista financeiro, a lista é grande, o que comprova, mais uma vez, que dinheiro não traz não só felicidade (manda buscar...), mas também qualidade.

Acompanha o post, nos parágrafos seguintes, para não fugir à regra, a biografia do The Youngbloods/Jesse Colin Young, extraída do livro “The Rolling Stone Encyclopedia of Rock & Roll”, editado por Holly George-Warren e Patrícia Romanowski (Fireside, New York, 2001, p. 1101), em tradução livre do inglês, sujeita, por isso mesmo, à revisão dos leitores.

O Youngbloods era um grupo de folk-rock liderado por Jesse Colin Young. Fazia um som jazzístico melodioso, típico da Costa Oeste, com raízes em Boston e New York. Young começou tocando no circuito folk em Greenwich Village, onde encontrou Bobby Scott, um compositor, cantor e pianista que já tinha acompanhado Bobby Darin, entre outros. Scott financiou e produziu o disco de estréia de Young, “The Soul Of A City Boy”. Concebido em apenas quatro horas, conforme voz corrente, o LP solo de Young, acompanhado apenas de sua guitarra acústica, foi gravado na Capitol em 1964. Ele começou a tocar nos clubes de Boston e logo em seguida gravou “Youngblood” para a Mercury, com Scott novamente atuando como produtor, mas desta vez com uma banda de apoio, aí incluído seu amigo John Sebastian.

Inspirado pelos Beatles, Young decidiu formar um grupo, arregimentando primeiro um músico de folk de Massachusetts, Jerry Corbitt, e depois adicionando Joe Bauer e Lowell “Banana” Levinger – “Banana”, aliás, acabou se revelando o músico mais completo da banda. No início de 1965, os novatos Youngbloods já tinham gravado algumas músicas para a Mercury, que no entanto só foram lançadas anos depois do disco “Two Trips”. O seu debute oficial foi “The Youngbloods”, que incluía os sucessos “Grizzly Bear” e “Get Together”, a última composta por Dino Valenti, mais tarde cantor da Quicksilver Messenger Service. No início, “Get Together” fez sucesso apenas regionalmente, só tendo alcançado êxito em âmbito nacional quando foi relançada dois anos mais tarde, em julho de 1969, após ter sido usada em um anúncio para uma campanha de fraternidade, veiculado por uma rede de televisão pública. Em 1969, o hit chega ao quinto lugar das paradas e ganha o disco de ouro. Mais tarde, a RCA renomeou o primeiro disco da banda de “Get Together”.

No começo de 1967, o grupo deslocou-se para Marin County, Califórnia. Seus dois LPs seguintes foram produzidos em New York por Felix Pappalardi antes da banda ir para o oeste. O terceiro disco, “Elephant Mountain”, recebeu a produção de Charlie Daniels. Corbitt deixou a banda durante a gravação de “Elephant Mountain” e o Youngbloods permaneceu como um trio, assinando contrato com a Warner Brothers, que lhe ofereceu um selo próprio, chamado Racoon, em 1970. A RCA, então, começou a desencavar seus antigos trabalhos, incluindo um “the best” daquele ano, e relançando também, pela terceira vez, “Darkness Darkness”, saído anteriormente em agosto de 1968 e março de 1969.

Os dois primeiros álbuns do Youngbloods para a Warner/Racoon foram gravações ao vivo – “Rock Festival” e “Ride The Wind”. No início de 1971, o grupo agregou o baixista Michael Kane, liberando Young para tocar exclusivamente guitarra. A banda ainda lançou mais dois LPs – “Godd And Dusty” e “High On A Ridge Top” – antes de se dispersar em 1972. Bauer e Banana fizeram discos solos (observação minha: há registro, na Internet, do álbum “Moonset”, de Joe Bauer, gravado em 1971 e lançado pela Racoon; o site allmusic lista-o, ainda que superficialmente (nem o ano da gravação aponta...), na discografia do músico; já o disco solo de Banana não encontra registro na rede, a não ser que a Rolling Stone esteja se referindo ao álbum “Mid-Mountain-Ranch”, mas aí remeto o leitor à outra observação que faço mais adiante); Corbitt tinha dois já preparados, mas não lançou nenhum. Bauer, Banana e Kane uniram-se brevemente para formar a banda Noggins, que chegou a gravar um LP, “Crab Tunes”, para a Racoon, em 1972 (outra observação minha: diferentemente da Enciclopédia da Rolling Stone, o site allmusic insere o álbum “Crabtunes (tudo junto) Noggins” na discografia do Youngbloods, registrando que a sua gravação ocorreu na década de 70, sem precisar, no entanto, o ano, além de creditar apenas a participação do Jesse Colin Young como guitarrista, baixista e cantor; e agora? Quem está com a razão? Acertou quem cravou a Rolling Stone, porque o allmusic pisou na bola novamente; no site discogs (www.dicogs.com), aparece o LP, inclusive com fotos do disco, exatamente como descrito pelo tijolo da Rolling Stone, ou seja, intitulado “Crab Tunes” e gravado pela banda Noggins, composta, entre outros, por Banana, Bauer e Kane, mas não pelo Jesse, como, equivocadamente, afirma o allmusic; a RS só errou o ano da gravação, que é 1971 e não 1972), Banana também gravou como “Banana and the Bunch” (mais uma observação minha: a informação acha-se confirmada através do site www.richardandmimi.com/banana.html; o disco é Mid-Mountain-Ranch, lançado pela Racoon em 1972; o allmusic não o registra; mais um ponto para a RS...); trabalhou com Mimi Fariña (observação minha novamente: a informação encontra-se também comprovada no site recém-citado; ponto de novo para a RS...), e foi professor de asa-delta. Bauer morreu de câncer no cérebro em 1982 (outra observação minha: o allmusic diz que foi em 1985; já a Wikipedia afirma que a morte ocorreu em 1983, o que é confirmado em outros sites; mas não se pode afirmar com certeza o ano certo do falecimento; as informações são desencontradas).

Young foi o único músico a fazer uma carreira de sucesso. “Together” tinha o mesmo som arejado do Youngbloods, destacando-se novamente a voz límpida e maleável de Young. Integrantes sobreviventes do Youngbloods, Banana, Corbitt e Young reuniram-se primeiramente em 1984-85 para excursionar. Young continuou a se apresentar e gravar, ocasionalmente com seus velhos companheiros. Ele atualmente reside no Hawaii, onde planta e vende o afamado café orgânico Kona (última observação minha: a pitoresca informação também é validada pelo próprio Jesse Colin Young no seu site www.jessecolinyoung.com; eu não disse, lá em cima, que ele tava tomando cafezinho no Hawaii? Taí a prova).

Um comentário:

Anônimo disse...

Hey amigo, mui buenos esses albuns, principalmente o Togheter que tenho em vinil mas não ouvia a uma pá de tempo pois meu toca discos já era.
Um abraço pra todos

Howlin Jay