quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hero And Heroine





Strawbs: Hero And Heroine(1973)

Numa situação comum na história do Strawbs, o album "Hero And Heroine" foi precedido por divergências internas e consequente saída de vários componentes da banda. Dessa vez, John Ford (baixo), Richard Hudson (bateria) e Blue Weaver (teclados) pularam fora, deixando o líder e guitarrista Dave Cousins e o guitarrista Dave Lambert com o encargo de renovar o grupo.
O resultado foi um album diferente, em estilo, do anterior ("Bursting At The Seams", um dia será postado aqui no SdN), com características mais "progressivas", e também bastante afastado das raízes folk da banda. A adição do tecladista John Hawken (ex-Renaissance, fase inicial da banda), do baixista Chas Cronk e do baterista Rod Coombes (ex-Stealers Wheel) foi sem dúvida um dos catalizadores que permitiram o resultado final, este "Hero and Heroine".

Este foi o primeiro disco da banda lançado no Brasil (gravadora Odeon, mas sem o 'sanduíche de plástico', felizmente).

Muitos o consideram a melhor obra do Strawbs, coisa difícil de avaliar pois o grupo passou por várias fases, vários estilos. De minha parte, considero "Hero and Heroine" uma obra-prima, por todos os fatores - nível das composições, instrumentais, arranjos e vocais.
Para quem quiser comparar estilos, aqui no SdN temos o "Just A Collection of Antiques and Curious", de 1970.

E de novo, a arte da capa do LP importado original é única em estilo e textura. Nem falo da capa do CD (quase sempre de qualidade ruim), pois a edição brasileira original(vinil) já arruinava os tons das fotos.


Band members:
Dave Cousins – lead vocals, backing vocals, acoustic guitar, electric guitar
Dave Lambert – lead vocals, backing vocals, acoustic guitar, electric guitar
John Hawken – organ, piano, electric piano, mellotron, synthesizer
Chas Cronk – backing vocals, bass guitar, synthesizer
Rod Coombes – backing vocals, drums, percussion
e
Claire Deniz – cello on "Midnight Sun"


Produzido por Dave Cousins e Tom Allom
Gravado no Rosenberg Studios, Copenhagen.

Track List:
1."Autumn" – 8:27 incluindo:
"Heroine's Theme" (John Hawken)
"Deep Summer Sleep" (Dave Cousins)
"The Winter Long" (Cousins)
2."Sad Young Man" (Rod Coombes) – 4:09
3."Just Love" (Dave Lambert) – 3:41
4."Shine on Silver Sun" (Cousins) – 2:46
5."Hero and Heroine" (Cousins) – 3:29
6."Midnight Sun" (Chas Cronk, Cousins) – 3:06
7."Out in the Cold" (Cousins) – 3:19
8."Round and Round" (Cousins) – 4:44
9."Lay a Little Light on Me" (Cousins) – 3:27 inclui "Hero's Theme" (Lambert) – 2:28 (*)
(*) a última faixa foi ripada de forma contínua à penúltima, para evitar "quebra" no som, no "espírito" da coisa.




[RS] [57MB @192kbps CBR]

BOSTON - Corporate America


Boston (2002) Corporate America
[Hard Rock]

Line-up:

Tom Scholz - Guitar, Bass, Drums, Keyboards, Vocals
Brad Delp - Vocals
Fran Cosmo - Vocals
Gary Pihl - Guitar, Keyboards
Anthony Cosmo - Guitar, Vocals
Kimberley Dahme - Vocals
David Sikes - Bass
Curly Smith - Drums

Additional Personnel:

Charlie Farren - Vocals
Beth Cohen - Flute and Vocals
Bill Carman - Bass
Tom Moonan - Drums/Percussion
Frank Talarico - Percussion Loop
Sean Tierney - Keyboards

Track list:
01. "I Had a Good Time" Tom Scholz 4:15
02. "Stare Out Your Window" Anthony Cosmo 3:19
03. "Corporate America" Tom Scholz 4:37
04. "With You" Kimberley Dahme 3:28
05. "Someone" Tom Scholz 4:10
06. "Turn it Off" Anthony Cosmo 4:37
07. "Cryin'" Anthony Cosmo 5:19
08. "Didn't Mean to Fall in Love" Tom Scholz, Curly Smith, Janet Minto 5:14
09. "You Gave Up on Love" Tom Scholz 4:22
10. "Livin' for You [Live]" Tom Scholz 5:07


[DF] [61MB]

"Corporate America" é o quinto álbum de estúdio desta banda americana, gravado pelo selo independente Artemis, que apresentou importantes modificações no Line-Up com a volta do seu Singer principal Brad Delp, que estava ausente do disco anterior e a incorporação de dois novos membros: Anthony Cosmo e Kimberley Dahme, que introduziram uma nova roupagem ao antigo "estilo Boston", sem perder o senso crítico nas letras contra corrupção do sistema que deturpava o "American way life", que se tornou característico dos anteriores trabalhos.
Este Disco foi o que teve o maior Line-Up do Boston, e pode ser incluido no hall dos discos "injustiçados" já que não obteve o sucesso merecido como os anteriores do Boston.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dingly Dell



Lindisfarne: Dingly Dell (1972)

Este "Dingly Dell" foi o terceiro album da banda, precedido pelo Fog On The Tyne(71) e Nicely Out Of Tune (70) , já postados aqui no SdN.
Além desses, também está disponível o primeiro disco solo do Alan Hull - Pipedream(1973).

Após esse album o Lindisfarne original dissolveu-se, com a saída de membros importantes para dedicarem-se a projetos solo (banda Jack The Lad). A formação original somente iria reagrupar-se para o lançamento do disco "Back and Fourth", de 1977. Ou seja, eles consideravam o disco efetivamente como sendo o quarto da banda, não contando o "Roll On Ruby" e o "Happy Daze", lançados em 1973 e 1974.

Há quem considere este o mais fraco dos três primeiros albuns, porém, respeitando-se opiniões, ainda que as músicas de "Dingly Dell" fossem fracas (o que pessoalmente não considero, em absoluto) somente a suite 'All Fall Down/Plankton's Lament/Bring Down the Government' já valeria o disco completo.

Esse foi também o primeiro disco do Lindisfarne lançado no Brasil, pela Philips/Phonogram. O disco teve várias capas, dependendo do lugar de seu lançamento. A capa brasileira era semelhante a que aqui apresentamos, no sentido de que foi usada a mesma foto só que em tons de cinza e preto, sendo a embalagem em papel cinza. Já a capa do CD é totalmente diferente, com uma outra foto colorida.


Band members:
Alan Hull: Vocais, guitarras, teclados
Rod Clements: baixo, violino, guitarras, teclados, vocais
Si Cowe: Vocais, guitarras, bandolim, banjo
Ray Jackson: Vocais, gaita, bandolim
Ray Laidlaw: bateria, percussão


Produzido por Lindisfarne

Track List:
1."All Fall Down" - 3:47 (inclui "Plankton's Lament" (Cowe) - 1:55 e "Bring Down The Government" - 1:30) (*)
2."Poor Old Ireland" - 3:02
3."Don't Ask Me" (Clements) - 3:37
4."O No Not Again" - 3:24
5."Dingle Regatta" (Traditional) - 1:04
6."Wake Up Little Sister" - 2:53
7."Go Back" (Cowe) - 3:02
8."Court In The Act" - 3:17
9."Mandolin King" - 2:37
10."Dingly Dell" - 6:19

(*) Para ser evitada a quebra de sequência (gap), as três canções foram ripadas num mesmo arquivo, pois são encadeadas.

Todas as músicas por Alan Hull, exceto as em contrário indicadas.



[RS] [52MB @192kbps CBR]

Morcegando: Living Colour


Living Colour (2009) The Chair in the Doorway

The Chair in the Doorway é o mais recente lançamento ( 15 de setembro de 2009, pelo selo MRI) do Living Colour, depois de seis anos (desde Collideøscope).

Posso garantir que a banda não perdeu a tocada, o que faz do download imperdível.

Band:
Corey Glover - vocals, guitar
Vernon Reid - guitar, guitar synthesizer, vocals
Will Calhoun - drums, percussion, keyboards, samples, loops, vocals
Doug Wimbish - bass, guitar, drums, programming, vocals

Tracks:
01 - Burned Bridges 03:39
02 - The Chair 02:10
03 - Decadance 03:25
04 - Young Man 02:54
05 - Method 04:23
06 - Behind the Sun 03:41
07 - Bless Those (Little Annie's Prayer) 05:29
08 - Hard Times 02:49
09 - That's What You Taught Me 03:59
10 - Out of My Mind 03:45
11 - Not Tomorrow 03:01
12 - blank 04:33
13 - Asshole 02:51


[RS] [104MB @320kbps]

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tucky Buzzard




Tucky Buzzard: Time Will Be Your Doctor - Rare Recordings 1971-1972 (2006)

O Tucky Buzzard foi uma band surgida das cinzas do "The End", um grupo que tem um disco muito interessante ("Introspection"), produzido por Bill Wyman e que contou com as participações especiais de Charlie Watts e Nicky Hopkins. Em breve, esse album será postado aqui.

Mas voltando ao Buzzard...era uma banda pouco conhecida não só no Brasil como também "lá fora", ao menos até o advento da internet, apesar de ter contado quase sempre com o apoio da produção do Wyman. Apresentada neste post, a coletânea "Time Wil Be Your Doctor" abrange os três primeiros discos da banda - Tucky Buzzard(71), Warm Slash(71) e Coming On Again(72). São, ou eram, todos considerados discos raros, há muito fora de catálogo, somente disponibilizados em poucos países, como o Japão.

Todos são muito bons discos de hard rock, tipicamente "início anos 70" (minha fase favorita desse estilo), e a banda é bastante competente quer como instrumentistas, quer como compositores e vocalistas.

Dos três discos, considero (opinião pessoal, claro) o "Coming On Again" o melhor. E além de tudo, ele tem uma história interessante por trás, que considero que o Bill não conheça, nem os membros da banda sabem :)

Quem procurar na internet ou mesmo no site do Bill Wyman, lerá que esse album foi gravado na Espanha, sem a produção do Bill, e que somente foi lançado naquele país, até que fosse disponibilizado (claro...) na coletânea 'Time Will Be Your Doctor'.

Bem, isso está parcialmente errado. Esse disco foi lançado no Brasil TAMBÉM.

Eu tenho uma cópia do LP.

Lá pelos idos de 73/74, cavucando nos balcões de saldo da vida, encontrei esse disco. A capa era igual à da coletânea que aqui é disponibilizada (lógico que com título diferente e sem os relógios). A contra-capa foi o que me chamou a atenção: uma foto em preto e branco dos músicos caminhando por uma trilha montanhosa, toda escrita em espanhol (inclusive com tradução dos títulos originais das músicas, padrão na época, mesmo por aqui), mencionando a participação nos arranjos do Waldo de Los Rios e sua orquestra(!!!), gravado em Madrid...não animou, apesar da pinta de roqueiros dos músicos. O selo do LP era azul-escuro e (se não me falha a memória, pois não estou com o disco em mãos) a gravadora era a Hyspavox. Porém, na contra-capa aparecia o selo da gravadora brasileira Continental, tendo sido o mesmo prensado na fábrica da citada gravadora. Portanto, era um disco made in Brazil.
Em resumo, não levei o disco. Algum tempo depois, contando o caso para um amigo, ele me informou que havia escutado o album na casa de alguém e que era muito bom.
Passa o tempo, e um dia voltando à tal loja - o disco me esperou, estava lá e dessa vez não bobeei.
Pode ser que o LP tenha sido fabricado no Brasil sob encomenda da gravadora espanhola, para ser vendido lá; mas o fato é que pelo menos DOIS discos (risos) foram postos à venda em nosso país (o meu e o do amigo do meu amigo), o que foge à toda probabilidade.
Claro que outras pessoas devem lembrar-se de ter visto esse versão em LP nacional do 'Coming On Again', ou mesmo podem possuí-la, apesar da raridade, e desde já fica o convite para os devidos depoimentos.
Faz já alguns anos, entrei no site do Wyman e cheguei a passar um e-mail para lá informando esse fato, mas parece que fui ignorado; até hoje aparece a mesma informação, de que o disco a princípio fora lançado somente na Espanha e etc. Bem, dane-se a equipe do site do Wyman, danem-se os copiadores de informações da internet, e fica o fato aqui, talvez com exclusividade (quanto tempo para começar a ser copiado?), para os amigos do SdN.

Com o tempo, em caso de interesse, poderemos postar os demais albuns dessa boa e relativamente desconhecida banda, Tucky Buzzard.

Band members (**):
Jimmy Henderson (vocals)
David Brown (bass)
Terry Taylor (guitar)
Nick Graham (keyboards)
Paul Francis (drums)
Chris Johnson (drums)
Paul Kendrick (vocals, guitar)

(**)
No album "Warm Slash" temos a participação especial de Mick Taylor, Bobby Keyes e Jim Price.
No album "Tucky Buzzard" temos a participação de Leon Russell (piano e composição) em 'Piesces Apple Lady'.

Produção: Bill Wyman, exceto no LP "Coming On Again", que teve Rafael Trabuccelli como responsável.

Track List(*):

CD1:
1. Time Will Be Your Doctor
2. Stainless Steel Lady
3. Sally Shotgun
4. Gu Gu Gu
5. My Friend
6. Pisces Apple Lady
7. She's Meat
8. Ace the Face
9. Whiskey Eyes
10. Rolling Cloud
11. Mistreating Woman
12. (She's A) Striker
13. Fill You In
14. Need Your Love
15. Which Way, When for Why

CD2:
1. Burnin'
2. Heartbreaker
3. Sky Balloon
4. Ain't Too Soon
5. Suite: Coming On Again (Part I)/For Maryse/Over The Hill/Coming On Again (Part 2)/Believe Me/Here I Am
6. You're All Alone
7. You Never Will
8. Free Ticket
9. Lady Fair

(*) As faixas de 1 a 10 do CD1 são do album "Tucky Buzzard"(71); as faixas 11 a 15 do CD1 e 1 a 4 do CD2 são do "Warm Slash (71); as faixas de 5 a 9 do CD2 são do Coming On Again(72).

CD1:

[RS] [114MB @256kbps CBR]


CD2:

[RS] [99MB @256kbps CBR]

Blind Faith - Crossroads - Live


Blind Faith (1969) Crossroads- Live
[bootleg]

Blind Faith foi uma banda inglesa criada em 1969, e um dos primeiros supergrupos do rock.

Era composto por músicos integrantes de bandas anteriores e todos já famosos individualmente: Eric Clapton (vocais e guitarra), Ginger Baker (bateria), Steve Winwood (vocal e teclado) e Ric Grech (baixo e violão).

Clapton e Baker tinham saido do Cream, Winwood do Traffic e Grech do Family. Gravaram apenas um disco.

Band:
Steve Winwood - keyboards, guitar, vocals
Eric Clapton - guitar, vocals
Rick Grech - bass, violin, vocals
Ginger Baker - drums

Tracks:
01. Crossroads 06:50
02. Presence Of The Lord 05:51
03. Means To An End 04:40
04. Well Alright 07:20
05. Can't Find My Way Home 04:34
06. Had To Cry Today 06:52

by Mulá
[MU] [66MB @256kbps]

domingo, 27 de setembro de 2009

Mavis Staples by Omar


Mavis Staples (2007) We´ll Never Turn Back

Mavis Staples es considerada por los americanos como un "tesoro nacional", ex-integrante de Staples Singer grupo formado por el legendario Pop Staples, que siempre se caracterizò por sus letras de alto contenido social. Mavis continuo en esta linea y usando la fuerza de la iglesia en sus músicas, se pronunció contra guerras, racismo y opresión. Este disco producido por Ry Cooder, nos trae la inigualable voz de Mavis Staples interpretando elgunos clásicos (Down in Mississippi, In the Mississippi River, 99 and 1/2) de una manera que llega a ser conmovente.

Line up:
Mavis Staples: vocals
Ry Cooder: Guitar, Slide
Joachin Cooder: percussion
Mike Elizondo: bass, piano
Jim Kertner: drums
Lady Smith Black Mambazo: vocals
Ruta Harris / Neblett Charles / Bettie-Mae Frikes: vocals

Tracks:
01 - Down In Mississippi 04:58
02 - Eyes On The Prize 04:06
03 - We Shall Not Be Moved 04:32
04 - In The Mississippi River 04:27
05 - On My Way 04:10
06 - This Little Light Of Mine 03:23
07 - 99 And 1-2 04:46
08 - My Own Eyes 07:19
09 - Turn Me Around 03:53
10 - We'll Never Turn Back 04:06
11 - I'll Be Rested 05:44
12 - Jesus Is On The Main Line 06:32


[SB] [52MB #128kbps]

Paul Butterfield by Dugabowski


The Paul Butterfield Blues Band (1997) An Anthology: The Elecktra Years

Para os aficionados do blues, principalmente os mais velhos, Paul Butterfield (e as bandas às quais o seu nome está associado, como a Blues Band), dispensa apresentação. Entretanto, como o blog não visa apenas apenas aos entusiastas do blues, muito menos somente aos idosos entusiastas do blues, acredito que uma curta mas essencial biografia do músico não será demais; poderá ser útil tanto aos bluseiros menos entusiasmados quanto aos bluseiros mais jovens, o que já é reconfortante. Ei-la, portanto, extraída do livro “The Rolling Stone Encyclopedia of Rock & Roll”, editado por Holly George-Warren e Patrícia Romanowski (Fireside, New York, 2001, p. 135), em tradução livre (sempre) do inglês.

Paul Butterfield, um cantor branco e tocador de gaita-de-boca, que aprendeu sua arte com bluseiros negros, ajudou a impulsionar o ressurgimento do blues norte-americano dos anos 60. O adolescente Butterfield se aventurou em clubes do sul de Chicago, trabalhando eventualmente em jams ao vivo com Howlin' Wolf, Buddy Guy, Otis Rush, Little Walter, Magic Sam e outras lendas do blues. Butterfield tocou com Elvin Bishop, seu colega da Universidade de Chicago, em bandas de bar chamadas Salt And Pepper Shakers e South Side Olympic Blues Team. Em 1963 ele formou a Paul Butterfield Blues Band, com dois ex-integrantes da banda de Howlin' Wolf, Jerome Arnold e Sam Lay, acrescentando mais tarde Bishop, Mark Naftalin e o guitarrista solo Mike Bloomfield. O grupo construiu um forte apoio local, e seu álbum de estréia foi lançado em 1965. No Newport Folk Festival daquele ano, depois de apresentar-se, a banda de Butterfield serviu de apoio a Bob Dylan na sua primeira e controversa performance eletrificada. O disco “East-West” mostrou prolongadas jams, além de revelar influências do jazz e da música indiana. Em seguida, Bloomfield deixou a banda para formar a Electric Flag; Bishop assumiu a guitarra solo.

Em 1967, Butterfield começou a primeira de muitas experiências, adicionando uma seção de metais à banda (incluindo David Sanborn no saxofone alto) e alterando sua orientação musical, do blues para R&B. Ele tocou no álbum de Muddy Waters de 1969, “Fathers And Sons”, e, em 1972, dissolveu a Blues Band, mudando-se para Woodstock, New York. Lá ele formou a Butterfield's Better Days com Amos Garrett, Geoff Muldaur e Ronnie Barron.

Butterfield fez uma aparição no concerto da The Band, “Last Waltz”, em 1976, e no final dos anos 70 ele excursionou com a Levon Helm's RCO All Stars e com o ex-baixista da The Band na Danko-Butterfield Band. No começo de 1980, durante a gravação de “Nort-South” em Memphis, Butterfield teve um intestino perfurado e peritonite, enfermidades que o obrigaram a se submeter a três graves cirurgias ao longo dos anos posteriores. O próximo e último disco de Butterfield, “The Legendary Paul Butterfield Rides Again”, saiu em 1986, um ano antes de o músico de 44 anos, um alcoólatra, ser encontrado morto em seu apartamento.



Jerome Arnold: Bass (todas as faixas)
Sam Lay: Drums (faixas 1 a 14)
Billy Davenport: Drums (faixas 15 a 19), Percussion (faixas 15 a 19)
Elvin Bishop: Guitar (todas as faixas)
Mike Bloomfield: Organ (faixas 1 a 3, 4, 6 e 7), Piano (faixas 2 a 4, 6 e 7), Guitar (faixas 2 a 19), Slide Guitar (faixas 8 a 14)
Paul Butterfield: Lead Vocal (todas as faixas), Harmonica (todas as faixas)
Mark Naftalin: Organ (faixas 8 a 19), Piano (faixas 8 a 19)


1. Born In Chicago
2. Lovin' Cup
3. One More Mile
4. Off The Wall
5. Come On In
6. Nut Popper #1
7. Ain't No Need To Go No Further/It's Too Late Brother
8. Born In Chicago
9. Shake Your Money Maker
10. Blues With A Feeling
11. Thank You Mr. Poobah
12. Our Love Is Driftin'
13. Mystery Train
14. Last Night
15. Walkin' Blues
16. I Got A Mind To Give Up Living
17. Work Song
18. All These Blues
19. East West

CD 1
[MU] [167MB @320kbps]



Bugsy Maugh: Bass (faixas 1 a 7), Lead Vocals (faixa 4), Backing Vocals (faixas 6, 7)
Rod Hicks: Bass (faixas 8 a 14), Backing Vocals (faixa 13)
Phillip Wilson: Drums (faixas 1, 2, 4 a 10), Congas (faixas 3 a 7), Lead Vocals (faixa 6), Vocal (faixa 8), Percussion (faixas 8 a 10), Backing Vocals (faixa 6, 7)
Elvin Bishop: Guitar (faixas 1 a 7)
Mark Naftalin: Keyboards (faixas 1 a 7)
Paul Butterfield: Lead Vocals (faixas 1 a 3, 5, 7, 9, 13), Harmonica (faixas 1 a 7, 9, 11, 12, 14), Flute (faixa 8), Piano (faixa 14), Vocal (faixas 11, 12), Backing Vocals (faixa 13)
David Sanborn: Alto Saxophone (faixas 1 a 3, 5, 6, 8 a 14), Baritone Saxophone (faixa 4), Soprano Saxophone (faixa 7)
Gene Dinwiddie: Tenor Saxophone (todas as faixas), Flute (faixas 3 a 7), Vocal (faixa 8), Backing Vocals (faixa 6, 7, 13)
Keith Johnson: Trumpet (faixas 1 a 10)
Al Kooper: Organ (faixa 5)
John Court: Backing Vocals (faixa 6, 7)
Ted Harris: Piano (faixas 8 a 10), Keyboards (faixas 11, 12)
Buzz Feiten: French Horn (faixa 8), Guitar (faixas 9, 10)
Trevor Lawrence: Baritone Saxophone (faixas 8 a 12)
Steve Madaio: Trumpet (faixas 8 a 14)
Ralph Walsh: Guitar (faixas 11 a 13), Backing Vocals (faixa 13)
Clydie King: Backing Vocals (faixa 13)
Merry Clayton: Backing Vocals (faixa 13)
Oma Drake: Backing Vocals (faixa 13)
Venetta Fields: Backing Vocals (faixa 13)
Big Black: Congas (faixas 13, 14)
Bobby Hall: Congas (faixas 13, 14), Bongos (faixas 13, 14)
Dennis Whitted: Drums (faixas 13, 14)


1. One More Heartache
2. Double Trouble
3. Last Hope's Gone
4. Mornin' Blues
5. Just To Be With You
6. Get Yourself Together
7. In My Own Dream
8. Love March
9. Walkin' By Myself
10. Love Disease
11. Everything's Gonna Be Alright
12. Driftin' & Driftin'
13. Blind Leading The Blind
14. Song For Lee

CD 2
[MU] [175MB @320kbps]


Covers

Balaio do Yer: Hollywood Town Hall (ou Neocaipiras Vs. Flanelinhas-deprê)

Em fins dos anos 80, era tudo pós. Pós-modernismo, pós-rock, pós-guitarra, pós-soul... era tudo tão fabricado, tão industrializado, que coisas prosaicas como “compor boas canções” passaram a ser secundárias... então, como costuma acontecer nesses casos, os moleques pensaram vamos voltar às raízes do negócio... (putz, essa é a pior intro que já fiz na vida, huauhahuahua... mas, vamos lá)... os Garth Brooks (olha o visual do cara! huahuahuahuahua), Billy Ray Cirus, Alan Jacksons e outros cowboys de boutique vinham mijando xarope no túmulo de Hank Williams fazia anos, e isso não podia ficar assim... pelo menos isso era o que achavam uns caras do meio oeste norte-americano, que gostavam do velho e bom country & western de Waylon Jennings, Merle Haggard, e do country-rock dos Burritos e do Poco... pros lados do Rock também rolava uma entressafra e quase tudo que era bom rolava apenas nos subterrâneos... andava em voga um pseudo-alternativismo que infernizava tudo quanto é guitarra com distorções à Jesus & Mary Chain na incipiente cena indie... na área do rock é rock mesmo era um verdadeiro inferno, não bastasse o heavy metal farofa, ainda tinha que se ter saco pra aguentar o heavy metal tradicional (sorry, amigos headbangers, mas é a verdade!), sem falar no hard-paródia do Gun’s & Roses e do Bom Jovem (bluargh!)... No lado pop... bom, deixa pra lá, pra cada banda legal, como os Waterboys, os Plimsouls e os Long Ryders, surgia uma profusão de Madonnas, Michael Jacksons (que, me perdoem os relativistas, já foi tarde!) e sintetizadores mil que atormentavam a gente vinte e cinco horas por dia (no poster acima, boa parte das razões certas daqueles que odeiam os anos 80!)... pois é, mas só que esses moleques do meio-oeste, heróis da nossa historinha, também eram pós-tudo... seu gosto musical era um caldeirão que juntava Replacements com Neil Young; The Jam com Gram Parsons; o punk e o pop/rock, mas também o folk, o country, o rockabilly... daí começaram a tocar e buscar uma síntese do que curtiam, algo como uma improvável jam session de Johnny Cash com The Clash... eles também queriam voltar a escrever coisas significativas, com alguma mensagem genuína (fruto da fissura pelo folk), longe dos clichês da Nashville derrotista/ conformista e do hedonismo barato-baboseira que povoava as letras do rock/pop de então... em suma, gente comum escrevendo sobre gente comum e suas andanças... o resultado dessa busca: os moleques emergiram das profundezas de suas influências com um "gênero" musical que a crítica denominou "No depression movement", que logo tomou variada rotulação... Alt-country, Insurgent country, e por aí foi... o pontapé inicial foi dado com o lançamento do disco "No Depression", da Banda Uncle Tupelo, em 1987, disco que não teve repercussão alguma no rock dos ‘80s mas que se revelaria influencial para o rock de muita gente dos ‘90s... o que ninguém suspeitava é que o alt-country havia chegado para ficar... produziria ainda pérolas do calibre de "Being There" (Wilco), "Trace" (Son Volt), "Dog Days" (Blue Mountain), "Faithless Street" (Whiskeytown), dentre outros grandes discos da década.

Mas se é correto dizer que a primeira grande Banda do alternative country foi a Uncle Tupelo, o gênero viria a se cristalizar com o clássico instantâneo dos Jayhawks, "Hollywood Town Hall”, de 1992.

Capa clássica pra um disco clássico!

"Hollywood Town Hall" foi o terceiro disco dos Jayhawks, Banda de Minneapolis, que tinha acabado de assinar com um selo razoavelmente importante, a (Def) American Recordings, que contava em seu cast com artistas como Black Crowes (com quem engataram amizade que dura ate os dias atuais, sendo que Chris Robinson produziu o último disco da dupla Louris-Olson). Os Hawks não vacilaram e fizeram o disco de suas vidas.

A dupla Mark Olson e Gary Louris, alma e coração da Banda, respectivamente, apresentam um instrumental evocando a rickenbacker 12 melodiosa de Roger McGuinn dos Byrds, o "som" de "Nashville Skyline" (de Dylan) e especialmente as guitarras de "Everybody Knows This Is Nowhere" (de Neil Young), numa quase declaração de intenções da Banda... nas vozes, ah, nas vozes... vocês podem até me chamar de maluco, mas as harmonias simbióticas de Olson & Louris me remetem diretamente a Phil e Don Everly, isso mesmo, os Everly Brothers... e que dizer das melodias e letras soberbas de Mark Olson, que trafegam no limiar entre o alusivo e o direto, o imagístico e o coloquial, capturando cada gota de surrealismo que permeia a realidade, bem no rastro da estrada de Kerouac ("Day is done/Night is returning/Icy black/The muddy waters/I’ve got to know/ Won’t you please tell me/Sinking like a stone/The icy water" – na canção "Take me with you when you go") e das cartas de Bukowski ("So I kept my spirits high/Entertaining passers-by/ Walking on down the road/Looking for a friend to hang out/Somebody ease my soul" – da canção "Waiting for the sun"), mas que encontram inspiração também no protesto de Woody Guthrie ("God of the rich man/Ain’t the God for the poor..." – na canção "Clouds")?? Olson reinjetava poesia e sangue num rock que vivia um dilema à época: ou andava às turras com a inteligência, privilegiando as agressividades fabricadas, ou resvalava para o intelectualóide... é certo que se há um "sentimento" sempre presente nas imagens que rolam por "Hollywood Town Hall", este é a melancolia... não os motivos indulgentes, escapistas e autocomiserativos da Nashville countrypolitan... o que rola é apenas a aceitação de eventuais derrotas, de encarar com compreensão as circunstâncias desfavoráveis da vida, e de "pegar a estrada" confiante na busca de oportunidades e de um destino melhor... afinal, ninguém aos vinte e poucos anos é um perdedor incontestável....


A produção de George Drakoulias - que, aliás, foi o responsável pela contratação da Banda pelo selo Def American - foi enxuta, despida, sem frescuras... Drakoulias percebeu que o melhor que podia fazer era tentar capturar a sonoridade nua & crua da Banda, tentando trazer pro estúdio o frescor de uma apresentação ao vivo... seu único verdadeiro trabalho foi fazer com que cada instrumento tivesse uma voz bem delineada no mix, adicionando um leve acento Rhythm & Blues (sobretudo pela inclusão do piano e do órgão que foram pilotados ora por Benmont Tench – dos Heartbreakers de Tom Petty – ora por Nicky Hopkins, sim, ele mesmo), mas privilegiando indisfarçavelmente as guitarras.... em "Hollywood Town Hall", onde quer que você esteja, lá estão elas, majestosas... Mark Olson está excelente nas guitarras-base (quase sempre acústicas), mas quem dá um show particular é Gary Louris nas guitarras eletrizantes... Louris cria riffs inesquecíveis ("Waiting for the sun", "Sister Cry" e "Wichita"), sai-se com arpejos imaginativos ("Settled down like rain"), coadjuva nas nuanças harmônicas ("Crowded in the wings", "Clouds" e "Two Angels") e protagoniza solos melódicos como há muito não se (ou) via ("Take me with you when you go" e "Nevada, Califórnia").

Apesar de todas as referências que se insinuam aos ouvidos quando a gente ouve o disco pela primeira vez, nas audições seguintes - que são inevitáveis! - fica evidente que os Jayhawks não eram uma banda revivalista... não há bajulações com os clássicos que os inspiraram (o que às vezes salta aos ouvidos no som do Ocean Colour Scene, por exemplo), nem o desrespeitoso plágio dissimulado (leia-se "covers megalomaníacos"), em voga na mesma época, vide Oasis... já foi dito em alguma revista especializada que "se Gram Parsons estivesse vivo, se sentiria honrado em participar da Banda", e, acredite, ouvindo o disco, essa afirmação é bem plausível ainda hoje... (na foto à esquerda, a Banda no Mojave, prestando tributo ao Anjo que virou pó). "Hollywood..." é construído sobre uma base que compreende um talento inato e despretensioso, com reconhecimento e respeito por suas raízes, mas recheado com um inescapável desejo de criar algo com identidade.... a sonoridade que os caras forjaram no disco é daquelas assinaturas inconfundíveis, tão especial e genuína que torna o disco quase um trabalho conceitual... o som da Banda tornou-se tão distinto que ouvindo alguns segundos de qualquer canção de seus discos seguintes, você distingue na hora: são os Jayhawks!

Personalíssimos, de inspirados passaram à inspiração para as novas bandas do alt-country, e mesmo o velho e bom Tom Petty, dizem as más línguas, deu uma "roubadinha" no riff de "Waiting For The Sun", em sua maravilhosa canção "Mary Jane’s Last Dance"...


Infelizmente logo depois, fins de 1995, Olson e Louris se incompatibilizaram, e após mais um álbum (o também excelente "Tomorrow The Green Grass"), Olson partiu para carreira solo, deixando Louris e os demais pelas planícies do Meio Oeste norte-americano... Louris continuou batalhando para manter a dignidade da Banda, direcionando a sonoridade dos discos pós-Olson para uma vertente mais pop... mas Jayhawks era Mark Olson & Gary Louris e "Hollywood Town Hall" é o testamento de que a parceria destes dois caipiras do Minnesota era o que tornava a Banda tão genuína... talvez artisticamente tenha de ser assim... queimar tudo, até a última ponta de sanidade... ou, como diria Neil: "it’ s better to burn out than to fade away..."

Depois de quase 20 anos, a gente consegue ver que esses neocaipiras construíram uma respeitável via paralela ao grunge, tornando a década de 90 um período bem mais variado e interessante para quem curte rock. E Hollywood Town Hall foi a grande contribuição dos Jayhawks pra essa estória. Pra mim esse disco é mais que só isso, é um dos meus top ten country-rock albuns de todos os tempos e sério candidato a melhor disco da década!

Tracklist e mais info, AQUI


sábado, 26 de setembro de 2009

Boteco dos Seres: USA Union

John Mayall: USA Union (1970)

Um muito bom disco do John Mayall, representativo da sua fase "no drums", e com um time de craques.
Nele tem uma faixa ('Took The Car') que foi a primeira coisa que escutei de Mayall, e da forma mais inusitada. Em 1972 foi lançada no Brasil uma revista de nome 'POP', imagino que tentando ser um arremedo da 'POP' alemã, que tinha lá seu lado teenager mas que trazia matérias com muitos caras bons de rock e melhor ainda, vinha com vários posters e mini-posters caprichados, normalmente de artistas e performances - Bangladesh, Jethro Tull, Uriah Heep, Stones, a lista é enorme.
A 'POP' nacional trazia em seu primeiro exemplar um flexi-disc(do tamanho de um compacto simples) que fazia propaganda de uma série mid price da gravadora Phonogram, chamada "Pop History" (alguém lembra?). E o disquinho vinha com excertos de músicas de três dos artistas homenageados na série: Cream ('I Feel Free'), Hendrix ('Who Knows') e o John Mayall (a citada 'Took The Car'). Bacana...exceto que (coisas de Brasil...) nos respectivos discos da Pop History nenhuma dessas três músicas apareciam(?). Aliás, a seleção que fizeram para os albums da coleção era totalmente sem pé nem cabeça e nada representativa da obra dos artistas. Quanto ao disquinho, tenho o mesmo até hoje.
Mas voltando ao Mayall, este "USA Union" faz parte da fase que inclui os albuns "Turning Point", "Empty Rooms" e "Memories", todos gravados sem baterista. Isso permite que esses albuns tenham um som interessante e bem peculiar. Excelente o resultado!

O guitarrista Harvey Mandel (um dia postaremos mais discos desse grande músico) e o baixista Larry Taylor eram do Canned Heat e o violinista Don 'Sugarcane" Harris colaboraria com John em outros albums, como por exemplo o "Ten Years Are Gone".

Band members:
John Mayall - keyboards, rhythm/slide guitar, harmonica, vocals
Harvey Mandel - lead guitars
Larry Taylor - Electric Bass
Don 'Sugarcane' Harris - electric violin

Todas as músicas, arranjos e produção por John Mayall.

Track List:
1."Nature's Disappearing" - 5:58
2."You Must Be Crazy" - 3:58
3."Night Flyer" - 5:36
4."Off the Road" - 2:51
5."Possessive Emotions" - 5:22
6."Where Did My Legs Go" - 3:48
7."Took the Car" - 4:11
8."Crying" - 6:30
9."My Pretty Girl" - 4:24
10."Deep Blue Sea" - 5:06




[RS] [80MB @320kbps CBR]

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

SEXTA BÁSICA - FLEETWOOD MAC


Fleetwood Mac (1972) Bare Trees
[Blues & Folk Rock]

Line-up:
Danny Kirwan – guitar, vocals
Christine McVie – keyboards, vocals
Bob Welch – guitar, vocals
John McVie – bass guitar
Mick Fleetwood – drums, percussion

Track list:
01. "Child of Mine" (Danny Kirwan) – 5:09
02. "The Ghost" (Bob Welch) – 3:58
03. "Homeward Bound" (Christine McVie) – 3:20
04. "Sunny Side of Heaven" (Kirwan) – 3:10
05. "Bare Trees" (Kirwan) – 5:02
06. "Sentimental Lady" (Welch) – 4:35
07. "Danny's Chant" (Kirwan) – 3:16
08. "Spare Me a Little of Your Love" (C. McVie) – 3:44
09. "Dust" (Kirwan) – 2:41
10. "Thoughts on a Grey Day" (Scarrott) – 2:03


[ML] [33MB]

Este é o sexto álbum da carreira do Fletwood Mac, pertencente à sua fase de transição do blues para o rock (a melhor na minha opinião) e foi o último disco gravado por Danny Kirwan, que sairia da banda após a turnê deste álbum.
Como curiosidade, "Sentimental Lady" foi regravado por seu coimpositor Bob Welch em seu disco solo "French Kiss", "Dust" de Danny Kirwan teve sua letra extraida de um poema de Rupert Brook e "Thoughts on a Grey Day" é um poema lido por uma senhora idosa chamada Mrs Scarrott, vizinha do conjunto, gravado na sua própria casa em Hampshire.
A inclusão deste álbum na nossa SEXTA BÁSICA se deve ao fato de além de ser uma fase importante de um conjunto importante para o Rock inglês é um grande álbum e foi o primeiro a receber o Disco de Platina do Fleetwood Mac.

Entrega Especial para o Leônidas: GHOST RIDERS

Ghost Riders: Dois álbuns
[Hard & Southern Rock]

Line-up:
STEVE "GRITS" GRISHAM - GUITARS, VOCALS
CHARLIE HARRISON - BASS
JIMMY SEXTON - GUITAR AND SLIDE GUITAR
BARRY RAPP - KEYBOARDS, VOCALS
JIM BENNETT - GUITARS, VOCALS
JIMMY GUNN - DRUMS


Fortune Teller (2003)

Track list:
01. Gone South
02. Roots
03. G.R.I.T.S.
04. Fortune Teller
05. Shotgun Run
06. Ballad of the Ghost Rider
07. Handy Man
08. Song For The Angels
09. There Goes Another Love Song
10. Whiskey Drinkin' Woman
11. I Want The Blues Tonight


[MU] [109MB]


Fortune Teller 2.0 (2008)

Track list:
01. Ain't Nuthin' Changed 3:37
02. Bad Reputation 2:56
03. Dr. Cut Right 3:43
04. It's Only Money 3:45
05. Big D 3:19
06. Travelin' Light 3:26
07. That's All She'll Ever Need 3:02
08. There's No Limit 3:39
09. 100 Proof 3:23
10. Shotgun Run 3:38
11. Amie 4:22
12. Roots 5:26
13. G.R.I.T.S. 3:54
14. Take You There 5:30


[MU] [61MB]

Este Post vai para os nossos frequentadores que gostam do bom Hard e Southern, em especial para aplacar a ansiedade do nosso amigo Leônidas. Quem gostou do "Back to the Rock" certamente vai curtir muito estes dois "petardos": o primeiro é mais Southern, mas tem também Blues Rock ("Handy Man"), Hard ("Song for the Angels") e baladas muito boas ( destacando as ótimas "Groots" e "Ballad of Ghost Rider"). O segundo, além das inéditas, tem quatro músicas do primeiro "Fortune Teller" (100 Proof, Shotgun Run, Roots e G.R.I.T.s).

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quintalive: Curtis/Live, 1971!

Pessoal, eu não tô num bom dia pra escrever. Trabalhando que nem um canalha, botando papel pra andar e a vida acontecendo lá fora... How does it feel to be on your own???? Yeah, yeah, por aí... mas eu não poderia deixar de compartilhar com vocês esse presentinho que meu velho amigo Joca Richards trouxe pra moi do Tio Sam these days... Aí, Joca, que porrada emocional, mermão! Só um dos meus top ten live records of all times na parada, galera . Mr. Curtis Mayfield, jamming and rapping no Bitter End de NY, pra uma platéia de, sei lá, 100 abençoados indivíduos, numa das performances mais essencialmente soul de todos os tempos... alright, parece clichezão, né? Faz o seguinte, duplo clique na capa, baixe, depois dá o play no negócio e só então bata o martelinho.... chega de blábláblá, injetando veneno no neurônio...

Info e Tracklist HERE

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ghost Riders - Back to the Rock


Ghost Riders (2007) Back To The Rock
[Hard & Southern Rock]

Line-up:
STEVE "GRITS" GRISHAM - GUITARS, VOCALS
CHARLIE HARRISON - BASS
JIMMY SEXTON - GUITAR AND SLIDE GUITAR
BARRY RAPP - KEYBOARDS, VOCALS
JIM BENNETT - GUITARS, VOCALS
JIMMY GUNN - DRUMS

Track list:
01. Back To The Rock
02. Don't Know Where I'm Bound
03. Fightin' Fire
04. Love And Pain
05. Live Together
06. Missin' Dixie
07. Fortunate Man
08. Lone Star
09. Hoot Owl
10. She Just Wants To Be Loved


[DF] [89MB]

Esta é uma banda que poderia ser considerada uma "jam band" pois ela é formada por músicos com extensas e importantes carreiras fora dela que se juntaram lá pelas tantas e devem ter se perguntado:
- ... porquê não?
Senão vejamos: Steve Grisham tocou e cantou no Outlaws, sendo responsável também pela composição de vários grandes sucessos como "Fallen Hero", "Keepin' Our Love Alive", "The Outlaw" e "Lady Luck" entre outros, trabalhando como "backup" de muitos conjuntos, inclusive Lynyrd Skynyrd. Charlie Harrison tocou com Poco, Rod Stewart e Spencer Davis Group. Jimmy Sexton com Artmus Pyle Band, e com Rob Lowe e os membros da banda de Johnny Cash. Barry Rapp tocou na Henry Paul Band e foi compositor dos principais sucessos da banda. Jim Bennet esteve no palco tocando com grandes bandas como The Greg Allman Band, Dickey Betts, Bo Didley, Lightnin' Hopkins, Brian Setzer, Charlie Daniels e Marshall Tucker Band. Jimmy Gun gravou com grandes músicos como Brooks and Dunn, Edgar Winter, Leon Russell e muitos outros.
Como podem ver são grandes músicos com carreiras importantes e que fazem um som de respeito. Excelente, na minha opinião, a mistura de Hard Rock com Southern, com muito Slide bons vocais e guitarras marcadas e pesadas e a cozinha segurando tudo com muita competencia. Have Fun Folks...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Terça do Omar: L.A. Blues Alliance


L.A. Blues Alliance (2007) What a Life

Mike Post aparte de ser un productor musical famoso y premiado, sobre todo por sus trabajos para TV (Hill Stret Blues, The Rokford Files, Law & Order), es tambien un amante del blues, por esa razón decidió juntar unos amigos y grabar este albun, que tiene un poco de la personalidad de cada uno de los integrantes de la banda; Blues, R&B y Soul son interpretados de manera alegre y descontraida dándole a este disco una atmósfera de fiesta. Destaque para Sonny Landreth, con sus solos de guitarras siempre ajustados, para Keb´Mo´ en "TV Mama"y para la magnifica voz de Amy Keys.

Line Up:
Sonny Landreth: vocal, guitar
W.G Snuffy Walden: guitar
Keb´Mo´: vocal, guitar, mandolin
Bob Glaub: bass, percussion
David Morgan: keyboards
Mike Finnigan: piano, organ, vocal
Stanley Behrens: vocal, harp, sax tenor
John "Jr" Robinson: dums
Amy Keys: vocal

Tracks:
01. What A Life 04:24
02. T.V. Mama 04:37
03. Illinois Blues 04:13
04. Baby Doll 04:24
05. Maybe Your Baby 05:04
06. I Need A New World 03:39
07. I Walk The Line 03:44
08. Step By Step 05:24
09. Death Letter 05:35
10. Like I Do 04:10
11. Shop Aaround 04:11
12. Who's Been Talkin' 04:11
13. It Don't Matter 03:41
14. Money Honey 03:18
15. Storm Of Worry 03:25


[BD] [87MB @192kbps]

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Banana And The Bunch (1971)




Lowell "Banana" Levinger: Banana And The Bunch (1971)

Disco solo do guitarrista e tecladista da banda Youngbloods.

Em várias faixas Banana toca todos os instrumentos. Um disco intimista, com clássicos do rock & roll (Back In The USA de Chuck Berry), country e folk americanos, além de composições próprias.
Um disco com boas vibrações, raro e ao que se saiba nunca lançado em CD. A versão aqui apresentada foi ripada de vinil, com boa qualidade.
O arquivo zipado contém capa e contra-capa originais.


Band members:
Banana - Vocals, guitars, pedal steel, mandolin, banjo, bass, keyboards, mandola
Joe Bauer - Drums, percussion
Michael Kane - Piano, bass, Vocals


Produzido por Lowell "Banana" Levinger

Track List:
1."Back In The USA"
2."My True Life Blues"
3."Vanderbilt's Lament"
4."Interlude"
5."Double Interlude"
6."Sittin' Alone In The Moonlight"
7."In Foggy Old London"
8."Before The Sun Goes Down"
9."New Sail Away Ladies"
10."Ocean Of Diamonds"
11."Familiar Patterns"
12."Great Blue Heron"
13."Honky Tonk Blues"
14."Lucas Valley Breakdown"
15."The Rights of Man"




[RS] [74MB @256kbps CBR]

Talking Book



Stevie Wonder: Talking Book (1972)

Quando foi feito o post sobre o "Songs in The Key Of Life", um(a) comentarista anônimo(a) solicitou o Talking Book. O tempo passou e acabei esquecendo. Bem, está aqui o disco. E é também um grande album, lançado quatro anos antes do "Key of Life".

E de quebra, tem Jeff Beck, em "Lookin' for Another Pure Love". A faixa 'Superstition' foi logo depois regravada no primeiro album do Beck, Bogert & Appice.

Band members:
Gloria Barley - Vocals
Jeff Beck - Guitar
Shirley Brewer - Vocals
Malcolm Cecil - Programming, synthesizers
Scott Edwards - Bass Guitar
Buzzy Feiten - Guitar
Jim Gilstrap - Vocals
Lani Groves - Vocals
Loris Harvin - Vocals
Trevor Laurence - Saxophone
Steve Madaio - Trumpet
Robert Margouleff - synthesizers
Ray Parker, Jr. - Guitar
Minnie Riperton - Vocals
David Sanborn - Saxophone, Vocals
Deniece Williams - Vocals
Debra Wilson - Vocals
Stevie Wonder - Moog synthesizer, Harmonica, Clavinet, Rhodes Piano, vocals, drums, ARP Synthesizer
Daniel Ben Zebulon - Percussion, Conga
Syreeta Wright - Vocals

Produzido por Stevie Wonder

Track List:
1."You Are the Sunshine of My Life" (Wonder) - 2:58
2."Maybe Your Baby" (Wonder) - 6:51
3."You and I (We Can Conquer the World)" (Wonder) - 4:39
4."Tuesday Heartbreak" (Wonder) - 3:02
5."You've Got It Bad Girl" (Wonder, Yvonne Wright) - 4:56
6."Superstition" (Wonder) - 4:26
7."Big Brother" (Wonder) - 3:34
8."Blame It on the Sun" (Wonder, Syreeta Wright) - 3:26
9."Lookin' for Another Pure Love" (Wonder, S. Wright) - 4:44
10."I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever)" (Wonder, Y. Wright) - 4:51




[RS] [62MB @192kbps CBR]

Entrega Especial do Ed: Blackfoot


Blackfoot (2009) Legends Never Die

Blackfoot é uma banda de southern rock formada em Jacksonville, Florida, em 1970, portanto contemporâneos do Lynyrd skynyrd.

Legends Never Die, é uma coletãnea de músicas da banda, lançada em 2009.

Current members:
Bobby Barth, guitars, vocals
Greg T. Walker, bass, backing vocals
Charlie Hargrett, guitars
Scott Craig, drums, percussion

Tracks:
01. Railroad Man 02:22
02. Indian World 02:52
03. Not Another Maker 05:08
04. Flyin' High 04:20
05. Stranger On The Road 02:43
06. Road Fever 03:06
07. Train, Train (Prelude) 00:36
08. Train, Train 02:58
09. Warped 04:12
10. Every Man Should Know Queenie 03:44
11. Fox Chase 04:23
12. Dry County 03:42
13. Gimme Gimme Gimme (Live) 04:14
14. Good Morning (Live) 03:48
15. Highway Song (Live) 08:32
16. Send Me An Angel 04:38
17. A Legend Never Dies 03:03
18. My Wild Romance 03:45
19. Navarre 01:50
20. Soldier Blue 04:07
21. Bandelaro 03:35
22. Railroad Man (Reprise) 01:08


[RS] [177MB @320kbps]

domingo, 20 de setembro de 2009

Boteco do Seres by Omar: Matt Schofield


Matt Schofield (2004) The Trio Live

Albun en vivo de este joven y talentoso músico ingles, calificado por algunos criticos como el mejor guitarrista surgido en la última década en el Reino Unido. Con marcadas influancias de Robben Ford y Albert Collins, Schofield utiliza una formación en su trio en la cual dispensa el bajo, recordando alguno grupos clásicos de los años 60. A pesar de ser considerado un guitarrista de rock, Schofield tiene una inegable vena de blues y jazz lo que lo transforma en un músico sumamente versatil.

Line up:
Matt Schofield: guitar, vocals
Johnny Henderson: keyboards
Evan Jenkins: drums

Tracks:
01. Uncle Junior 08:38
02. Everyday I Have The Blues 07:22
03. Bloody Murder 07:14
04. Treat Me Lowdown 04:18
05. Cissy Strut 08:34
06. Travellin' South 06:07
07. Sittin' On Top Of The World 05:22
08. Hippology 05:55


[HF] [71MB @192kbps]

Não sei o que se passa mas, talvez porque o Omar escreva em espanhol, os comentários em seus posts são rarissimos. Posso garantir que ele entende perfeitamente o português, pois é a forma como eu me comunico com ele.

Vamos dar uma força para o Omar, galera, pois ele é um grande parceiro do blog e tem sempre postado álbuns de grande qualidade.

Boteco do Seres by Dugabowski: Grandmothers


Grandmothers (1993) Dreams On Long Play

Grandmothers – Dreams On Long Play (experimentem as “vovós”)

De cara, a indefectível biografia da banda (em tradução livre do inglês), de autoria de Eugene Chadbourne e extraída do site allmusic.

Para o desavisado, a junção de nomes do Grandmothers pode sugerir tranquilidade, talvez algo como uma combinação de velhos músicos voltada para tocar em centros de recreação para idosos (comentário meu, para o desavisado: em inglês, Grandmothers significa avós; daí a ilação espirituosa do texto). No entanto, não só as várias composições deste conjunto musical são bastante barulhentas e até mesmo indecentes, como também a concepção melhor resumida como “política da banda” inclui várias ações judiciais e tentativas de golpe suficientes para manter uma ditadura da América Latina ocupada por uma década. Acima de tudo, porém, no velho mas ainda vivo coração do Grandmothers (comentário meu: acho que já não está tão vivo assim..) há uma conexão essencial com a música avant-garde da lenda do rock Frank Zappa. Em seus primeiros anos, Zappa juntou-se a uma típica banda de bar californiana chamada Soul Giants, cujo nome ele mudou depois para Mothers Of Invention, além de alterar o repertório do grupo, de R&B e doo-wop, para o desafiante e inovador rock avant-garde que o tornou famoso. Os integrantes do Grandmothers invariavelmente incluem alguns dos membros originais da Mothers Of Invention e, não raro, até mesmo músicos cuja história remonta ao Soul Giants.

Saber quem são os músicos que o integraram num determinado momento é parte da intriga do Grandmothers, embora nem sempre uma boa parte. Relativamente aos membros auxiliares que não têm uma relação direta com a Mothers Of Invention, a banda foi bem além do que Zappa conseguiu em termos de elenco internacional. Enquanto Zappa contratou principalmente músicos americanos, componentes importantes do Grandmothers incluíram o baixista alemão Ener Bladezipper (comentário meu: por coincidência, toca no disco aqui postado) e o guitarrista italiano Sandro Oliva.

De certa forma, toda a existência do Grandmothers pode ser interpretada como uma espécie de extensão de uma disputa que ex-membros da Mothers of Invention tiveram com Zappa sobre assuntos bastante sérios da indústria musical, como os royalties e os créditos de publicação. Forçados a sair pela decisão de Zappa de desmantelar a Mothers Of Invention original, em 1970, alguns dos músicos, desejando continuar suas carreiras, foram encorajados por emocionados fãs de Zappa, que acreditavam (desnecessário dizer que para revolta do músico) que aquele primeiro grupo representou o ponto alto da carreira zappaniana, pelo menos com relação a um certo tipo de humor audacioso, quase surrealista.

A primeira versão do Grandmothers surgiu em 1980 e, naturalmente, apresentou um trunvirato que – entre outras coisas misteriosas e Zappa-esque (comentário meu: a expressão seria mais ou menos como zappaniano, “algo que está além de estranho, mas também muito espirituoso e satiricamente mordaz, ao mesmo tempo”, segundo o “Dictionary Of American Slang” (www.pseudodictionary.com) – tinha sido fotografado usando vestidos para a capa do disco desdobrável de 1968, “We're Only In It For The Money”. O baterista e cantor Jimmy Carl Black, o famoso índio do grupo, além do ex-camarada de exército Don Preston nos teclados e o multi-instrumentista Bunk Gardner estão certamente entre os mais versáteis e divertidos músicos que Zappa havia contratado. O próprio Zappa tornou-se objeto das sátiras da banda nos palcos, tendo ficado particularmente chateado com um boneco caricato da sua figura que o Grandmothers usava de várias formas provocativas.

Isso desencadeou um embate jurídico entre a família de Zappa e vários membros do Grandmothers. No caso da zombaria recém-mencionada, aplica-se algo que o ator Edward G. Robinson descreveu com perfeição num dos seus papéis de gangster: “Criticar é fácil, difícil é ser criticado” (comentário meu: a expressão atribuída a Robinson, “you can dish it out, but you can't take it in”, é de difícil tradução, ao menos pra mim, mas acredito que a frase que escolhi, se não é a melhor, dá pra pegar o sentido da coisa). Outras disputas jurídicas envolviam o direito de executar e gravar composições de Zappa e, o mais importante, o uso não autorizado do atual nome da Mothers Of Invention por promotores gananciosos. Em um momento dos anos 90, a marca Zappa anulou um contrato para a gravação de um novo disco do Grandmothers para uma importante produtora, que, infelizmente, não estava interessada em trabalhar com a banda sem a permissão de uso do nome Mothers Of Invention.

Black destacou em várias entrevistas que o Grandmothers não é, estritamente falando, uma banda cover do Zappa. O grupo toca apenas o repetório da Mothers Of Invention, canções de Black e Preston, além de outras músicas apropriadas ao seu estilo das décadas de 60 e 70. Entretanto, alguns dos membros do grupo, ao longo dos anos, participaram das últimas bandas e projetos de Zappa. Black contou, em detalhes, uma piada engraçada, quando alguns desses músicos jovens (sic) tentaram sequestrar uma versão do Grandmothers, com o objetivo de substituir alguns dos membros mais velhos por iniciantes. “Eu vim para baixo tomar café no hotel e a primeira coisa que eles disseram”, recorda Black, “foi perguntar ‘Como você se sentiria sendo a única Mother original no Grandmothers?’”. Black diz que respondeu a pergunta com outra indagação: “Como vocês se sentiriam sendo pendurados pelo traseiro?”.

Black, geralmente com Gardner e Preston e, noutras ocasiões, com o baixista original e vocalista falsete da Mothers Of Invention, Roy Estrada, foi responsável pelas versões mais coerentes e originais da banda, uma das quais vista em muitas cidades americanas durante um longa turnê em 2000. A genialidade de Black, nessa parte, consistiu em envolver os europeus acima mencionados, que trouxeram para o palco uma mistura de energia juvenil com uma postura mais relaxada, muito menos tensa, para a música de Zappa. Black tinha uma versão da banda com músicos locais baseados fora de Austin, Texas, durante sua estada lá nos anos 80, porém sua versão para o Grandmothers somente decolou realmente depois que ele se tornou um expatriado em 1992, o que lhe permitiu um acesso muito mais fácil ao público europeu.

Desde 2002, Preston firmou-se como o líder de fato do Grandmothers, trocando a base de operações da banda para Los Angeles, sua cidade natal, e utilizando músicos dessa área, tendo, além disso, alterado geograficamente o nome da banda para Grandmothers West. A última mudança pareceu desnecessária para Black, que perdeu interesse no projeto, dissolvendo sua versão européia do grupo em prol de atividades com bandas como a britânica Muffin Men, cujo set list contém muito Zappa, bem como músicas de Captain Beefheart e dos Beatles.

Em adendo à biografia, destaco: em primeiro lugar, a inconteste liderança de Jimmy Carl Black no Grandmothers, até 2002, no mínimo, como salienta Chadbourne (dublê de escritor e músico; como músico, aliás, possui uma discografia bem robusta, tendo inclusive feito alguns trabalhos em parceria com Jimmy Carl Black; ver o site allmusic), e a sua morte, em 2008; em segundo lugar, a briga feia, segundo relata Chadbourne, entre Zappa e ex-integrantes da Mothers Of Invention em torno de direitos autorais, que eu (e acho que muita gente também) desconhecia; lamentável; em terceiro lugar, a posição um tanto deslocada que o disco ora postado ocupa no contexto da banda, porquanto, ao contrário dos outros, não contém covers do Zappa (como era característica do grupo, conforme apontado por Chadbourne e verificável pela sua discografia), nem tampouco é integrado, à exceção, evidentemente, de Black, por integrantes ou ex-integrantes da Mothers Of Invention, embora preserve o estilo avant-garde que consagrou Zappa; em quarto lugar, a boa qualidade do disco, onde se sobressai a flauta doce de Gerald Smith, instrumento não muito usual em álbuns de rock; em último lugar, além do excelente álbum Geronimo Black, de 1972, da banda de mesmo nome que Jimmy também timoneou, saliento o fantástico disco “Freedom Jazz Dance”, de 2008, com Jimmy na bateria, provavelmente gravado de forma independente (não consta no site allmusic e não se encontra muita informação sobre ele na Internet; encontrei-o no blog “oldandnew”); é imperdível.

Músicos:
Jimmy Carl Black: Drums, Indian Drums, Vocals
Linda Valdmets: Violin, Percussion, Vocals
Gerald “Eli” Smith: Woodwinds, Vocals
Ener Bladezipper: Bass, Vocals Sometimes Yeah
Roland St. Germain: Guitar, Keyboards, Vocals
Thomas Ramirez: Saxophone on Manila Gorilla

Faixas:
1. Do It In The Name Of Love
2. Waiting
3. Walk Like A Weasel
4. Not My Problem
5. Trail Of Tears
6. I’ve Fallen And I Can’t Get Up
7. Who Did You Love
8. Manila Gorilla
9. Who Dicked Who Over
10. The Great White Buffalo


[MU] [125MB @320kbps]

Johnny Winter - Electric Blues Man


Johnny Winter (1999) Electric Blues Man

Os dois CDs que compõem o álbum 'Electric Blues Man' , lançado em 20 de abril de 1999, pelo selo Thunderbolt (UK), foram lançados separadamente com os títulos de 'Suicide Won't Satisfy' e 'Black Cat Bone'.

Tracks:
# CD 1
01. My Baby 01:17
02. Parchman Farm 02:43
03. Night Ride 02:18
04. One Night Of Love 02:20
05. 32-20 Blues 03:07
06. Reelin' And Rockin' 02:09
07. Tramp 03:03
08. Bad News [1] 01:06
09. Bad News [2] 01:27
10. Bad News [3] 02:56
11. Suicide Won't Satisfy 02:30
12. Ice Cube 02:10
13. Easy Loving Girl 02:50
14. We Go Back Quite A Ways 03:08
15. Hello My Lover 02:20
16. Hook You 03:22
17. You'll Be The Death Of Me 02:37

# CD 2
01. Gonna Miss Me When I'm Gone 02:13
02. Sloppy Drunk Blues 02:12
03. Goin' Down Slow 05:53
04. Low Down Gal Of Mine 03:08
05. Take My Choice 04:05
06. Gangster Of Love 02:31
07. Eternally 02:32
08. Blue Suede Shoes 02:04
09. Ballad Of Bertha Glutz 02:25
10. Livin' In The Blues 02:27
11. Raindrops In My Heart 02:22
12. Black Cat Bone 05:02
13. Talk To Your Daughter 04:38

CD 1
[RS] [77MB @256kbps]


CD 2
[RS] [75MB @256kbps]

Os links originais para este post foram enviados pelo Mulá Mohamed Abud Mudaba.