Pegando carona na postagem recente do Dagon, que disponibilizou, lá no blog parceiro Hard & Heavy, uma coleção da Free de dar água na boca (passem lá e desfrutem; endereço aí do lado direito), trago também um disco da Free, que, se não ombreia com o post do Dagon, pelo menos não faz feio. É a famosa gravação ao vivo nos estúdios da BBC, que todo artista que se preze já fez ou vai fazer (o registro é de 1972, mas o CD só foi lançado em 2006, e é aquele que tomou biotônico e ficou forte: tem 31 faixas). Então, for Free (sem trocadilho, que a mama DMCA não gosta disso...). Além da minibiografia da banda, contida aqui no SdN, outra biografia, em português, mais completa, pode ser acessada aqui. Acompanha um vídeo da banda tocando "All Right Now" (sempre é bom assistir uma banda que sabe tocar, tocando).
Free (1972) Live At The BBC
Músicas: 1. Waitin’ On You (King, Washington) 2:16
2. Sugar For Mr Morrison (Fraser, Rodgers) 3:43 3. I’m A Mover (Fraser, Rodgers) 3:05 4. Over The Green Hills (Rodger) 3:52 5. Songs Of Yesterday (Fraser, Rodgers) 3:08 6. Broad Daylight (Fraser, Rodgers) 3:19 7. Woman [In Session] (Fraser, Rodgers) 4:22 8. I’ll Be Creepin’ (Fraser, Rodgers) 2:43 9. Trouble On Double Time (Fraser, Kirke, Kossolf, Rodgers) 3:51 10. Mouthful Of Grass (Fraser, Rodgers) 4:41 11. All Right Now [In Session] (Fraser, Rodgers) 5:28 12. Fire And Water (Fraser, Rodgers) 3:04 13. Be My Friend [Take One/In Session] (Fraser, Rodgers) 6:05 14. Be My Friend [Take Two/In Session] (Fraser, Rodgers) 5:36 15. Ride On A Pony [Take One/In Session] (Fraser, Rodgers) 0:10 16. Ride On A Pony [Take Two/In Session] (Fraser, Rodgers) 4:31 17. Ride On A Pony [Take Three/In Session] (Fraser, Rodgers) 1:24 18. Ride On A Pony [Take Four/In Session] (Fraser, Rodgers) 0:25 19. Ride On A Pony [Take Five/In Session] (Fraser, Rodgers) 4:29 20. Get Where I Belong (Fraser, Rodgers) 3:25 21. The Hunter (Cropper, Dunn, Jackson, Jones, Wells) 5:23 22. Woman [In Concert] (Fraser, Rodgers) 4:26 23. Free Me (Fraser, Rodgers) 7:23 24. Remember (Fraser, Rodgers) 4:48 25. Fire And Water (Fraser, Rodgers) 3:58 26. Be My Friend [In Concert] (Fraser, Rodgers) 5:00 27. Ride On A Pony [In Concert] (Fraser, Rodgers) 4:35 28. Mr Big (Fraser, Kirke, Kossoff, Rodgers) 6:35 29. Don’t Say You Love Me (Fraser, Rodgers) 5:26 30. Woman [In Concert] (Fraser, Rodgers) 4:17 31. All Right Now [In Concert] (Fraser, Rodgers) 5:09 Músicos: Andy Fraser: Bass, Backing Vocals Simon Kirke: Drums Paul Kossoff: Guitar Paul Rodgers: Harmonica, Vocals
O mais novo, e segundo, álbum de Dani Wilde, pulsa com energia e maturidade que desmentem sua idade (23 anos).
Após sua estréia com o disco 'Heal My Blues', pela Ruf Records, em 2008, Wilde participou da Ruf Records Blues Caravan Tour, naquele ano, provando ser uma competente cantora, guitarrista e compositora.
Dani Wilde compôs nove das onze faixas do disco, usando-o como veículo para contar histórias que vão muito além da fórmula tradicional do blues.
Dani Wilde (2010) Shine
Personnel: Dani Wilde - Guitar, Vocals Mark Earl - Drums Jonny Chase - Bass Guitar Will 'Harmonica' Wilde - Harmonica Ben Poole - Electric Guitar
Tracklist: 01 - Shine (4:45) 02 - Some Kinda Crazy (5:22) 03 - Miss You (5:13) 04 - How Do You Do It? (4:37) 05 - Red Blooded Woman (3:55) 06 - Don't Give Up On Me (4:57) 07 - I Don't Even Care (5:24) 08 - Abandoned Child (7:36) 09 - Born To Love Him (3:28) 10 - Where Blue Begins (4:28) 11 - Big Brown Eyes (2:43
Glenn Hughes (1992) Blues - L.A. Blues Authority Volume II
"Blues" foi produzido com o sub título de "LA Blues Authority", um projeto de blues que contou com muitos músicos tocando faixas oeiginais de e covers. Este é o único álbum com esse nome, que apresentava apenas material original realizado por um cantor.
Este foi o primeiro álbum solo de Hughes a ser lançado depois que ele abandoou as drogas, em 1991, e encontrou seu "poder superior". Ele não tinha lançado um álbum solo desde "Play Me Out", de 1977.
Personnel: Glenn Hughes - Bass e vocals Tony Franklin - Bass Gary Ferguson - Drums Craig Erickson - Guitar Mark Jordan - Keyboards John Norum - Guitar Mark Kendall - Guitar Richie Kotzen - Guitar Warren Demartini - Guitar Darren Housholder - Guitar Paul Pesco - Guitar Mick Mars - Guitar
Tracks: 01 - The Boy Can Sing The Blues 05:39 02 - I'm The Man 05:45 03 - Here Come The Rebel 04:16 04 - What Can I Do For Ya 06:16 05 - You Don' Have To Save Me Anymore 05:34 06 - So Much Love To Give 05:24 07 - Shake The Ground 06:05 08 - Hey Buddy (You Got Me Wrong) 06:13 09 - Have You Read The Book 04:43 10 - Life Of Misery 05:16 11 - Can't Take Away My Pride 04:24 12 - A Right To Live 04:33
O The 69 Eyes é um conjunto finlandes que foi fundado em 1989 para tocar Hard e Glam Rock, porém, depois do terceiro álbum "Wrap Your Troubles in Dreams" de 1997 passaram a tocar e compor músicas góticas com temas de sangue e vampiros. Em que pese os temas das letras serem mais para aficcionados do gênero eu gostei bastante da "tocada" da banda e do vocal semelhante em estilo ao de David Bowie e Billy Idol, mas com uma "potencia" de hard rock bem identificada. Apresento neste Post dois discos de duas fases distintas da banda ( o primeiro Glam Hard e o mais recente, bem Gotico (um gothic hard, digamos) para vocês terem uma idéia da energia dos caras. Este é o Line-Up desde o primeiro disco: Jussi 69 - Drums Archzie - Bass Jyrki 69- Vocals Bazie - Lead Guitar Timo-Timo - Guitar Para obter mais informações da banda basta acessar o seu Site aqui ou a Wikipedia aqui.
Bump 'n' Grind (1992) [Glam Hard Rock]
01. "Voodoo Queen" - 2:29 02. "Juicy Lucy" - 3:34 03. "Alive!" - 2:05 04. "House by the Cemetery" - 2:34 05. "Hot Butterfly" - 4:48 06. "Sugarman" - 2:13 07. "Dream Master" - 2:42 08. "Too Sick for You" - 2:23 09. "No Hesitation" - 3:33 10. "Blind for Love" - 3:00 11. "The Hills Have Eyes" - 2:34 12. "Barbarella" - 2:33 13. "Burning Love" (Written by Arthur Alexander, made famous by Elvis Presley) - 3:13
[MF] [35MB]
Back in Blood (2009) [Gothic Hard Rock]
01. "Back in Blood" - 4:30 02. "We Own The Night" - 4:03 03. "Dead N' Gone " (feat. Benji Madden) - 3:40 04. "The Good, the Bad & the Undead" - 3:28 05. "Kiss Me Undead" - 3:58 06. "Lips of Blood" - 4:21 07. "Dead Girls Are Easy" - 3:55 08. "Night Watch" - 4:33 09. "Some Kind of Magick" - 3:43 10. "Hunger" - 4:34 11. "Suspiria Snow White" - 3:34 12. "Eternal" - 4:19
Após mais de uma semana impedido de postar aqui no blog, por conta de um defeito em meu PC, volto com um álbum recém lançado:
"Last Train Home" é o primeiro disco novo lançado pelo Foghat nos últimos sete anos. Com músicas da Invasão Britânica do Blues, o Foghat não reinventa as canções, mas eles jogam com uma quantidade considerável de energia e uma precisão que só uma banda veterana de turnês poderia ter, fazendo deste álbum uma surpresa pouco agradável para os fãs hardcore.
Personnel: Charlie Huhn - Guitar, Vocals Bryan Bassett - Guitar, Vocals (bckgr), Slide Guitar Colin Earl - Keyboards Jeff Howell - Bass, Vocals (bckgr) Roger Earl - Drums, Vocals (bckgr) Lefty "Sugar Lips" Lefkowitz - Harmonica Eddie Kirkland - Guitar, Vocals
Tracks: 01 - Born For The Road 05:00 02 - Needle & Spoon 03:46 03 - So Many Roads, So Many Trains 04:50 04 - Last Train Home 04:23 05 - Shake Your Money Maker 04:39 06 - It Hurts Me Too 05:59 07 - Feel So Bad 04:40 08 - Louisiana Blues 04:44 09 - 495 Boogie 03:56 10 - Rollin' & Tumblin' You Need Love 08:12 11 - In My Dreams 05:43 12 - Good Good Day 04:31
Uma banda espanhola bastante respeitada no universo bluseiro, a Vargas Blues Band, porém, não sei por que razão, ainda não tinha dado o ar da sua graça aqui. Então vamos apresentá-la, para quem ainda não a conhece, com um disco de blues que, segundo a Wikipédia, é uma homenagem a “Are You Experienced?”, de Jimi Hendrix, e “tenta unir o blues com o flamenco”. Participações especiais de Devon Allman (filho do Gregg Allman e líder da Honeytribe) e Frank Marino (ex-Mahogany Rush). Acompanha o post um vídeo do Devon Allman tocando com o frontman da Vargas Blues Band, Javier Vargas.
Vargas Blues Band (2008) Flamenco Blues Experience
Músicas: 1. Walking The Streets (Vargas, Espinoza, Tenholder) 3:40
2. Blues In My Soul (Vargas, Espinoza, Sanchís) 5:04 3. Ya Ya Ya, Looking For My Baby (Smith, Starkes) 2:55 4. Beautiful Woman (Vargas, O. Prieto, Sanchís) 4:39 5. Blues Para Lucía (Vargas, Amador, Sanchís) 5:11 6. No Pasa Nada (Vargas, Tenholder) 4:22 7. Tierra Del Vino [Song] (Vargas) 6:31 8. Bluesvision (Vargas, Tenholder, Sanchís) 4:47 9. Blues De Los Colores (Vargas, The Cherry Boppers) 7:55 10. Mojo Hand (Vargas, Tenholder) 4:03 11. Your Love Is A Jail (Vargas, Espinoza, Tallafé) 8:17 Músicos: Javier Vargas: Guitarra Tony Cuenca: Bajo Bobby Alexander: Voz Steve Potts: Batería Frank Marino: Guitarra Devon Allman: Voz Mauri Sanchís: Teclado David Smith: Bajo José Taboada: Guitarra Española Álvaro Tarquino “Chévere”: Percusión Gustavo Segura: Batería Angélica Leiva La Tremen: Voz Raimundo Amador: Guitarra Española Sharon Mitchell: Voz Manuel Tallafé: Voz Paqui: Voz y Guitarra Española Manuel Morao aka Rey Morao: Voz y Guitarra Española Juan Carlos Mendoza: Bajo Manuel de Lucena: Batería David Lads Sánchez: Teclado Tim Mitchell: Voz Lucía del Campo: Harmónica Txefo K-Billy: Batería Lando Stone: Bajo Xixo Yantani: Guitarra Ignatius Johnny: Harmónica Mihail Goldfingers: Saxofón (A ficha do disco foi extraída da Wikipédia)
A biografia da banda, que segue, foi extraída do seu site e traduzida livremente do espanhol. Filho de emigrantes espanhóis na Argentina, Javier Vargas nasceu em Madrid logo após seus pais deixarem Buenos Aires. Nove anos mais tarde, a família voltou para a Argentina. Ele viveu em Mendoza, San Luis, Buenos Aires e em Mar del Plata, onde começou a tocar violão; o primeiro que teve, presente de seu pai, era um violão espanhol de cordas de náilon. Quando conseguiu sua primeira guitarra elétrica tinha apenas 12 anos. A década de 60 terminou com a mudança da família para a Venezuela, onde Javier residiu até tomar a decisão de viajar aos Estados Unidos. Javier morou primeiro em Nashville, Tennessee, terra do country e do rockabilly, lugar de passagem obrigatória para as bandas de rock sulista. Dois anos depois, ele se mudou para Los Angeles. Ali tocou em clubes e colaborou em gravações como guitarrista de estúdio. E toda noite participava de jam sessions com artistas americanos e ingleses, tendo conhecido músicos do porte de Alvin Lee, Roy Buchanan, Canned Heat, etc., que também exerceram influência sobre o seu estilo. Em 1972, numa visita de sua família a Espanha, ofereceram-lhe trabalho como guitarrista num cruzeiro que ia de Vigo até Southampton (Grã-Bretanha), percorrendo o Caribe, com escalas em Aruba, Jamaica, Curaçao... O cruzeiro estava cheio de jamaicanos que regressavam a sua terra, muitos deles músicos, com os quais Javier organizou jam sessions. Além de a viagem, por si só, constituir uma grande experiência, o cruzeiro proporcionou a Javier tomar contato com outras influências musicais, como o reggae. Em seu retorno a Espanha, vindo dos Estados Unidos, Javier fez parte da banda de Miguel Rios e participou de vários de seus discos – “Los Viejos Rockeros Nunca Mueren”, “Rock And Roll Boomerang”, “Rock And Rios”... –, onde apareceram músicas como “Um Caballo Llamado Muerte”, “Generación Limite”, “Nueva Ola”... Mais tarde Javier colaborou com a orquestra Mondragón e trabalhou como músico de estúdio e compositor. Durante toda a década de 80, Javier passou temporadas em Londres – tocando em clubes –, Paris – trabalhando como músico de estúdio – e Nova Iorque – circulando nos circuitos de jazz e blues com seu amigo, o guitarrista Ray Gómez. Após passar por várias bandas (RH+, Entrega Immediata, Blues Express...) e ao término da década, Javier começou a planejar seu próprio projeto. Em 1991 deu o passo mais importante de sua carreira e criou sua própria banda. “All Around Blues” foi o primeiro álbum gravado por Javier Vargas como líder da Vargas Blues Band. Colaboraram Elena Figueroa e Philip Guttman, entre outros. Em 1992 surgiu o disco “Madrid-Memphis”. Em seu segundo álbum, Javier Vargas contou com a participação dos bluseiros Carey Bell e Lousiana Red, do guitarrista flamenco Rafael Riqueni e as vozes de Phillip Guttman e Jeff Espinoza. Os dois discos – “All Around Blues” e “Madrid-Memphis” – obtiveram grande repercussão e conseguiram na Espanha cifras recordes de vendas para discos de blues. Em fevereiro de 1994 veio a público “Blues Latino”. Para este trabalho, Javier Vargas contou com a colaboração de Flaco Jiménez, Chris Rea, Junior Wells e Andrés Calamaro. O disco teve uma extraordinária aceitação entre um público bastante diversificado. Foi lançado também na Argentina e, no rastro da magnífica acolhida do álbum naquele país, a Vargas Blues Band atuou em Buenos Aires com retumbante sucesso de público e de crítica. A música “Blues Latino”, de Javier Vargas, foi gravada por Carlos Santana e lançada em todo o mundo encartada no seu álbum Santana Brothers. Santana interpretou “Blues Latino” no festival de Woodstock de 1994. Em maio de 1995, nos estúdios Ardent, de Memphis, e em Austin (Texas), foi gravado “Texas Tango”. Produzido por Jim Gaines, o disco teve a participação da Double Trouble (a banda de Stevie R. Vaughan), Larry T. Thurston (Blues Brothers) e Preston Shannon. Foi lançado na Espanha, França, Suíça, Colômbia, México e Brasil. Em 1996, a banda se apresentou ao vivo em Paris, em festivais na França e Portugal e no Festival de Jazz de Montreux (Suíça). Em julho do mesmo ano, Javier foi convidado por Carlos Santana a tocarem juntos uma das canções do concerto realizado no Zenith de Paris. A paixão e o sentimento transmitidos pelo duo de guitarristas emocionou o público francês. O convite se repetiu em 1998, durante os concertos de Santana em Madri (Conde Duque), Paris (Bercy), e em 2000, na turnê Supernatural em território espanhol. “Gipsy Boogie” (1997) repetiu a produção de Jim Gaines. Foi gravado entre Madri e Memphis, mixado na Flórida e masterizado em Nova Iorque. Teve colaboradores do naipe de Raimundo Amador, Carles Benavent, La Chonchi, o cantor cubano David Montes, Chester Thompson, Lonnie Brooks, Larry McCray, Little Jimmy King, David Allen e Larry Graham (da Sly & The Family Stone). Esse disco foi indicado aos Premios Amigo, foi lançado em um total de 24 países, e a banda expandiu suas excursões a França, Itália, Alemanha e Portugal. Larry Graham, atual diretor musical da banda The Artist (“The New Power Generation”) apresentou, em dezembro de 1998, Javier Vargas a The Artist (antes conhecido como Prince), que o convidou a tocar com ele em várias músicas do seu concerto no Palácio dos Esportes de Madri, “Jam Of The Year”. "Feedback/Bluestrology" (1998) foi o sexto álbum de Vargas. Lançado em CD duplo, foi gravado em Checkendon (Inglaterra), com a co-produção de Ian Taylor (produtor de Gary Moore, etc.) e com a participação dos seus colaboradores habituais de Memphis: Steve Potts, Dave Smith e Ernest Willianson e os vocalistas da banda, Bobby Alexander e David Montes. "Bluestrology" foi lançado também em separado no início do ano de 2000. Em novembro de 1999, a Vargas Blues Band mudou-se para os Estados Unidos para gravar seu primeiro disco ao vivo, no clube “Buddy Guy’s Legends”, de Chicago. Participaram, como artistas convidados, Larry McCray, o gaitista Sugar Blue e a cantora flamenca Elena Andújar. O show foi gravado em uma unidade móvel sob a supervisão de Ian Taylor. Javier também subiu ao palco do Legends convidado pelo guitarrista texano Chris Duarte. Em dezembro do mesmo ano se completou a gravação nos estúdios Kirios, de Madri, perante centenas de convidados e com notáveis colaborações: Elena Andújar, David Montes, o guitarrista flamenco Juan Gómez “Chicuelo”, o percussionista Gino Pavone, o bandeonista argentino Jorge Lema e o cantor “Marchena”. Uma vez mais, Ian Taylor encarregou-se da gravação, que contou também com a participação de David “Lads” Sánchez nos teclados, Jota Marsán na bateria e Fran Montero no baixo. O disco “Madrid-Chicago Live” e um documentário em vídeo sobre a gravação foram colocados à venda em maio de 2000. “Last Night” incluiu todas as canções gravadas em “Legend’s” e um DVD com o concerto de Madri e cenas gravadas em Chicago. Foi lançado em 2002, tendo recebido excelentes críticas, tanto na Espanha como no resto da Europa e nos Estados Unidos. Em 2003 foi lançado o primeiro disco inteiramente instrumental, “Chill Latin Blues”, em que desponta a guitarra de Javier Vargas e a fusão de suas influências musicais. Em 2004 começou a gravação de “Love, Union, Peace” nos estúdios Ardent de Memphis com a “Equipe A” de músicos do Tennessee: Steve Potts na bateria, David Smith no baixo e Ernest Williamson e Reese Wynans (Double Trouble) nos teclados. Como engenheiro de som atuou o legendário John Hampton (ZZ Top, Soundgarden, SRV Live In Mogambo...). Jack Bruce (Cream), Glenn Hughes (Deep Purple), Alex Ligertwood (Santana), Elliot Murphy, Devon Allman, Jaime Urrutia, “Chicuelo”... são alguns dos artistas que participaram do disco. As vozes também foram gravadas em Madri, Los Angeles e na ilha de La Palma. Javier Vargas não deixou de colaborar com numerosos artistas como guitarrista, produtor e compositor. Sua música pode ser escutada também na trilha sonora de diversos filmes. Além de ter realizado turnês pela Espanha, Inglaterra, França, Itália, Portugal, Polônia, Macedônia, Canadá, Argentina... A Vargas Blues Band já tocou em prestigiados festivais europeus (Festival de Jazz de Montreaux, o alemão Pop Komm Festival, The Great British R&B Festival, o belga Anwtwerp R&B Festival...) e canadenses (Mont-Trémblant Blues Festival), sempre com grande êxito.
Dois discos da dobradinha Merl Saunders e Jerry Garcia, ambos gravados em 1973, mas somente o primeiro foi lançado no mesmo ano da gravação; o segundo, com material inédito, só saiu em CD em 1988 (a versão em CD do primeiro disco também foi lançada em 1988). Um clima meio jazzístico predomina nos arranjos, talvez por influência de Saunders, embora não faltem os longos improvisos de Garcia, como de hábito. Acho que vale um label...
Merl Saunders & Jerry Garcia (1973) Live at Keystone [Double LP]
Músicas: 1. Finders Keepers, Loser Weepers (Bowen, Johnson) 6:38 2. Positively 4th Street (Dylan) 7:45 3. The Harder They Come (Cliff) 6:20 4. It Takes A Lot To Laugh, It Takes A Train To Cry (Dylan) 7:03 5. Space (Garcia, Kahn, Saunders, Vitt) 3:53
6. It’s No Use (Clark, McGuinn) 9:34 7. That’s All Right, Mama (Crudup) 4:18 8. My Funny Valentine (Hart, Rodgers) 18:06 9. Someday Baby (Hopkins) 10:13 10. Like A Road (Nix, Penn) 10:58 Músicos: Merl Saunders: Keyboards Jerry Garcia: Guitar, Vocals John Kahn: Bass Bill Vit: Drums David Grisman: Mandolin ("Positively 4th Street")
Músicas: 1. Hi-Heel Sneakers (Higgenbotham) 8:12 2. It’s Too Late [She’s Gone] (Willis) 7:44 3. I Second That Emotion (Robinson, Cleveland) 10:57 4. One Kind Favour (Jefferson) 6:36
5. Money Honey (Stone) 8:19 6. How Sweet It Is (Holland, Dozier, Holland) 10:20 Músicos: Merl Saunders: Keyboards Jerry Garcia: Guitar, Vocals John Kahn: Bass Bill Vitt: Drums
Lindsay Planer comentou (mal, na minha opinião, com um texto ruim, muitas vezes incompreensível e recheado de gírias [quase] intraduzíveis, além de conter um erro informativo) o trabalho da dupla para o site allmusic, que segue, em tradução livre do inglês. Esse lançamento de 1973 ostenta um combo da Bay Area, co-liderado por Merl Saunders (teclados) e Jerry Garcia (guitarra), durante uma pausa de Garcia com o Grateful Dead. Junto com os dois posteriores volumes de “bis” das sessões, Live at Keystone [Double LP] (1973) foi elaborado nos dias 10 e 11 de 1973, período em que o quarteto ficou confinado no Keystone Korners (comentário meu: é um bar/clube de jazz) em Berkeley. Com o apoio de Bill Vitt (percussão) e John Kahn (baixo), a dupla tocou uma variedade eclética de covers e alguns igualmente inspirados sets instrumentais. O clavinet e o Hammond B-3 comandando “Keepers” (aka “Finders Keepers”) é um arranjo da equipe de Saunders e Kahn. Esse funky rocker pulsando através de grudentas interações fazem lembrar Sly Stone e/ou Billy Preston. A interpretação do grupo para “Positively 4th Street’ – o primeiro dos dois covers de Bob Dylan – é descontraída e bluseira, permitindo a Garcia estender-se entre os versos. Sua voz apaixonada entrelaça-se com o órgão de Saunders, gerando uma empatia noir (comentário meu: não me perguntem o que isso quer dizer... por favor! Eu conheço literatura noir, filme noir; agora, empatia noir...). De notar que o bandolim de David Grisman não fazia parte da gravação ao vivo, tendo sido inserido depois. Por outro lado, “The Harder They Come”, de Jimmy Cliff, é tocada com um contagiante ritmo sincopado, que desliza etéreo, com os acentos do teclado de Saunder imitando o som de um aerofone. “It Takes A Lot To Laugh, It Takes A Train To Cry” recebe um tratamento lânguido e dançante, que é destacado pelo trabalho mais incendiário de Garcia nessa coleção. “Space” foi registrada em etapas – um pouco de free jazz, que inicialmente foi precedida de “Someday Baby”, de 10 de julho. John Kahn realmente brilha entre o cuidadoso Saunders e o viajante Garcia. Esse eminente conjunto improvisador recorda as improvisações sonoras da Grateful Dead, particularmente as seminais perfomances de “Playing In The Band” e “Eyes Of The World”, da década de 70. Do mesmo modo, antecipa a direção que a Dead vai seguir no disco altamente sofisticado e influenciado pelo fusion, “Blues For Allah” (1975). A edição em CD, de 1988, trouxe “Merl’s Tune”, não registrada anteriormente (comentário meu: a resenhista equivoca-se: essa música saiu no 1º volume da coleção, mas não no disco aqui comentado, que engloba os dois volumes). O estendido título instrumental (comentário meu: a referência é ao subtítulo do CD, que enfatiza esse aspecto) serve para mostrar um lado mais agressivo da banda, com a sua mistura de R&B e jazz. Mais uma vez, Garcia e Saunders se alimentam mutuamente nos seus solos e negociam entre si uma variedade de sons.
Polêmica, controversa, escrachada, estes são alguns dos adjetivos lançados para esta cantora e guitarrista durante toda a sua carreira que se iniciou no The Runaways, seguindo-se entre uma parada e outra, uma maternidade e outra até hoje quando, aos 52 anos e ainda em plena atividade provoca as mais diversas reações seja na crítica, seja no público, que ao que parece ainda vê nela o mesmo simbolo de rebeldia que a fez popularizar-se nos anos 70.
Lita Ford (2000) Greatest Hits Live! [Hard Rock]
01. Nobody's Child 02. Larger Than Life 03. What Do You Know About Love? 04. Black Widow 05. Holy Man 06. Can't Catch Me 07. Falling In And Out Of Love 08. Bad Love 09. The Ripper 10. Close My Eyes Forever 11. Shot Of Poison 12. Hungry 13. Kiss Me Deadly 14. Rock Candy
Lita Ford - Lead Vocal, Guitar Jim Ron Thal Michael T Ross PJ Farley Dennis Leeflang
[MF] [92MB]
Já esta adepta ferforosa do Glam Rock batalhou muito para conseguir galgar alguns degraus no hall da fama, porém toda a batalha não foi em vão, já que, com a colaboração de Suzi Quatro, usando seus próprios recursos e acreditando em sí mesma conseguiu fazer o sucesso que tanto merecia.Igualmente polêmica Jett também teve seus primeiros passos no The Runaways, lá pelos idos de 1975, sendo que em 2003 foi nomeada pela Revista Rolling Stone a 87ª melhor Guitarrista de Rock de todos os tempos (e isto não é pouca coisa).
Joan Jett And The Blackhearts (1982) Rebel Rebel (Bootleg) [Hard Rock]
01. Bad Reputation 02. Run Away 03. Wooly Bully 04. I Love Rock'n Roll 05. Nag 06. Wait For Me 07. Black Leather 08. Crimson and clover 09. You Don't Know What You've Got 10. Victim of Circumstance 11. I Love Playin' With Fire 12. Do You Wanna Touch Me 13. Shout 14. Rebel Rebel (David Bowie Cover)
Joan Jett - Lead Vocal, Guitar Dougie - Lead Guitar Thommy Price - Drums Kenny Laguna - Bass
Estava mouseando pelas postagens do Collective Collection (acreditem: é muito melhor do que zapear pelos canais de televisão fechada [a aberta é hors-concours; não vale]; pelo menos tu não te deparas com padre, pastor, reverendo, bottini, comentarista da bolsa, “divulgador” comercial, propaganda, leiloeiro de vaca, leiloeiro de relógio, leiloeiro de anel, leiloeiro de tapete, leiloeiro, 217º episódio de Found, noticiário alemão, noticiário japonês, série de vampiro, dupla sertaneja, sertanejo sozinho, bate-papo erótico, dança de vanguarda, Sandy, Júnior, Sandy & Júnior, musical teen, show de cantor de pagode, show de cantor de pagode com cerveja, show de cantor de pagode com cachaça, comedor de cobra, comedor de aranha, comedor de escorpião, comedor normal, mochileiro viajante, documentário sobre Hitler, documentário sobre Hitler e a SS, documentário sobre Hitler e a Gestapo, documentário sobre Hitler e os judeus, documentário sobre Hitler e a Eva Braun, documentário sobre Hitler e a sua influência em Bill Gates, turismo ecológico, Pereio entrevistador, Zé do Caixão entrevistador, jogo de golfe, jogo de baseball, jogo de futebol americano, Jô [o jogador e o outro], altas horas, cozinheiro(a) exótico(a), Friends [1.067 episódios, descontada a última temporada], exorcista de encosto, Paulo Rabitt, Manhattan Disconnection, filme repisado pela milésima quinta vez, O Exterminador do Futuro VIII, Stallone [antes e depois], Rourke [antes e depois], TVZ, saia justa, Senado, Câmara, TV (in)Justiça e otras cosas muy malas), e descobri que, na discografia do Bob Dylan, a conhecida coleção de bootlegs do famoso menestrel, produzida pelo próprio, só ia até o volume 7. Ora, sabendo que o volume 8 já tinha sido lançado, resolvi postá-lo aqui, para, depois, o Ser providenciar em depositá-lo lá, fazendo companhia aos discos anteriores da série. Maiores informações sobre o Bob Dylan, em inglês, podem ser obtidas no seu site. Em português, a Wikipedia fornece bom material a respeito do cantor, enquanto o site Whiplash traça-lhe um razoável perfil. Já a sua biografia gaiata está lá na hilária Desciclopédia. Como eu disse antes, mas não custa repisar, a discografia do Bob Dylan encontra-se disponível no Collective Collection.
Bob Dylan (2008) The Bootleg Series, Vol. 8: Tell Tale Signs - Rare and Unreleased 1989-2006 [Deluxe Edition]
Músicas: 1. Mississippi [Alternate Version #2] (6:03) 2. Most Of The Time [Alternate Version] (3:35) 3. Dignity [Piano Demo] (2:12) 4. Someday Baby [Alternate Version] (5:57) 5. Red River Shore (7:34) 6. Tell Ol’ Bill [Alternate Version] (5:29) 7. Born In Time (4:13( 8. Can’t Wait [Alternate Version] (5:43) 9. Everything Is Broken [Alternate Version] (3:11)
10. Dreamin’ Of You (5:49) 11. Huck’s Tune [From Lucky You] (4:04) 12. Marchin’ To The City (6:32) 13. High Water [For Charlie Patton] [Live] (6:46) 14. Mississippi [Unreleased Version #2] (6:21) 15. 32-20 Blues (3:05) 16. Series Of Dreams (6:26) 17. God Knows (3:07) 18. Can’t Escape From You (5:12) 19. Dignity (5:23) 20. Ring Them Bells [Live At The Supper Club] ( 4:58) 21. Cocaine Blues [Live] (4:40) 22. Ain’t Talkin’ [Alternate Version] (6:08) 23. The Girl On The Greenbriar Shore [Live] (2:24) 24. Lonesome Day Blues [Live] (7:35) 25. Miss The Mississippi (3:21) 26. The Lonesome River [With Ralph Stanley] (3:04) 27. ‘Cross The Green Mountain [From Gods And Generals] (8:14) 28. Duncan & Brady (3:48) 29. Cold Irons Bound [Live] (5:46) 30. Mississippi [Unreleased Version #3] (6:19) 31. Most Of The Time [Alternate Version #2] (4:43) 32. Ring Them Bells [Alternate Version] (3:10) 33. Things Have Changed [Live] (5:22) 34. Red River Shore [Unreleased Version #2] (7:05) 35. Born In Time [Unreleased Version #2] ( 4:11) 36. Tryin’ To Get To Heaven [Live] ( 5:09) 37. Marchin’ To The City [Unreleased Version #2] (3:43) 38. Can’t Wait [Alternate Version #2] (7:28) 39. Mary And The Soldier (4:11) Músicos (em ordem alfabética): Augie Meyers: Organ, Accordion Benmont Tench: Organ Bob Dylan: Organ, Guitar, Harmonica, Piano, Harp, Vocals Brian Blade: Drums Brian Stoltz: Guitar Bucky Baxter: Pedal Steel, Guitar (Electric), Guitar (Steel), Slide Guitar Chris Cameron: Keyboards Cindy Cashdollar: Dobro, Slide Guitar Charlie Sexton: Guitar Cyril Neville: Percussion Darryl Johnson: Percussion David Bromberg: Guitar David Kemper: Percussion, Drums Daniel Lanois: Organ, Dobro, Guitar Denny Freeman: Guitar Dick Fegy: Fiddle, Mandolin Donnie Herron: Guitar, Guitar (Steel) Duke Robillard: Guitar Freddy Koella: Guitar George Recile: Drums Glen Lowe: Guitar Jack Cooke: Bass (Upright) James Alan Shelton: Guitar James Price: Fiddle Jeff Wisor: Fiddle, Mandolin Jim Dickinson: Organ Jim Keltner: Drums John Firmin: Clarinet, Sax (Tenor) John Jackson: Guitar John Rigsby: Mandolin Larry Campbell: Guitar, Violin Malcolm Burn: Tambourine Mason Ruffner: Guitar Peter Ecklund: Trumpet Ralph Stanley: Banjo, Vocals Ralph Stanley II: Guitar (Rhythm) Richard Crooks: Drums Robert Amiot: Bass Robert Britt: Guitar Steve Sparkman: Banjo Stuart Kimball: Guitar Tommy Morrongiello: Guitar Tony Garnier: Bass Tony Hall: Bass Tony Mangurian: Percussion, Piano, Drums Willie Green: Drums Winston Watson: Percussion, Drums (Line-up retirado do site allmusic)
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Como alerta Thom Jurek, resenhista do disco no allmusic (texto abaixo, traduzido livremente do inglês), o disco não é um amontoado de músicas, extraídas dos álbuns da banda. Algumas canções foram lançadas apenas em determinados países ou continentes, outras apresentam versões diversas das anteriormente gravadas e outras ainda são inéditas em CD. É, portanto, um item de colecionador, e como tal deve ser encarado. Como não o vi lá no Collective Collection, compondo a discografia da banda, achei interessante postá-lo aqui, para depois então, se for o caso, migrar para o discográfico blog. Por se tratar de uma coletânea, fica dispensado o line-up, por motivos óbvios (considerando que a formação da banda não se manteve inalterada ao longo da sua carreira). Vou repetir: a discografia completa da banda, incluídos os seus dados biográficos, encontra-se postada no Collective Collection.
Blue Öyster Cult ( 2005) The Singles Collection
Músicas: 1. Cities On Flame With Rock And Roll [single version] (Bouchard, Pearlman, Roeser) 3:16
2. Then Came The Last Days Of May (Roeser) 3:30 3. The Red And The Black (Bloom, Pearlman, Roeser) 4:23 4. Hot Rails To Hell [Single Version] (Bouchard) 5:12 5. Flaming Telepaths (Bloom, Bouchard, Pearlman, Roeser) 5:25 6. Born To Be Wild [First Time On CD] (Bonfire) 3:38 7. [Don't Fear] The Reaper [Single Version] (Roeser) 3:48 8. Sinful Love (Bouchard, Robbins) 3:29 9. Goin’ Through The Motions (Bloom, Hunter) 3:11 10. Godzilla (Roeser) 3:41 11. We Gotta Get Out Of This Place ( Mann, Weil) 4:19 12. Mirrors (Abbott, Roeser) 3:47 13. Moon Crazy (Bouchard) 4:07 14. Fallen Angel (Bouchard, Robbins) 3:12 15. Burnin’ For You [Single Version] (Meltzer, Roeser) 3:43 16. Take Me Away (Bloom, Nova) 4:29 17. Shooting Shark [Single Version] (Roeser, Smith) 4:20 19. Dancin’ In The Ruins (Gottlieb, Scanlon) 3:58 20. White Flags (Leggatt Bros.) 3:57 21. Astronomy (Bouchard, Bouchard, Pearlman) 4:12
Isso é proveitoso e desconcertante. Isso é uma verdadeira coleção de singles da Blue Öyster Cult, mas não no sentido usual. Com mais de 20 faixas, reúne singles da BÖC lançados em todo o mundo, o que o afasta de ser apenas mais um “the best of”. Pegue, por exemplo, a última faixa, “Astronomy”; não é o original lançado em “Secret Teatries”, mas a versão refeita constante em “Imaginos”, que surgiu em 1988, e distribuída apenas no Reino Unido e na Holanda. E assim vai. Muitas das peças da compilação foram emitidas como singles no Reino Unido, no Japão (“Moon Crazy”, “Flaming Telephats”) ou na Europa (observação minha: como se o Reino Unido não fizesse parte da Europa... bota xenofobia nisso... parecem as locadoras de filmes brasileiras, que catalogam os filmes europeus como... estrangeiros; mas acho que aí é por incultura mesmo). A coleção também é marcada pela inclusão de faixas como a versão ao vivo de “We Gotta Get Outta This Place”, lançada na Alemanha como um single, ou “Fallen Angel”, lançada na Espanha. Mas há faixas lançadas nos Estados Unidos aqui também, como “Cities On Flame With Rock And Roll”, “Godzilla” e “Hot Rails To Hell”. Dado que a coletânea é organizada cronologicamente, torna-se interessante saber como outros países ouviram os sucessos radiofônicos da banda. Não é essencial, evidentemente, mas, ainda assim, despertando curiosidade e dúvidas da melhor maneira possível, o BÖC Singles Collection deve manter os fãs do grupo discutindo por longo tempo (Thom Jurek, allmusic).
Dois discos (ambos ao vivo), um grande e um pequeno, de uma boa banda de blues, de curtíssima duração, com a harmônica solando em todas as faixas. Para quem gosta de uma gaita-de-beiços no blues, como eu, os discos caem como sopa no mel... A história da banda não termina muito bem, como se pode ver na biografia ali embaixo. Como acompanhamento, um vídeo da banda tocando, em 1993, no PinkPop Festival, que ocorre anualmente na Holanda. Mas vou avisando: quem ficar parado (sem nem ao menor bater o pé [os que ouvirem deitados estão desculpados]) ao escutar “Blackwater Roll” (a primeira do EP da banda), ou é ruim da cabeça, ou é da turma do Muricy... sai da frente!
The Red Devils (1992) King King
Músicas: 1. Automatic (Love) 3:26
2. Goin’ To The Church (Butler) 4:07 3. She’s Dangerous (Dixon) 5:02 4. I Wish You Would (Arnold) 3:01 5. Cross My Heart (Miller) 4:28 6. Tail Dragger (Dixon) 5:24 7. Devil Woman (Size) 6:57 8. No Fightin’ (Butler) 5:56 9. Mr. Highway Man (Howlin’ Wolf) 3:35 10. I’m Ready (Dixon) 3:46 11. Quarter To Twelve (Little Walter) 7:03 12. Better Cut That Out (Williamson) 4:59 Músicos: Dave Lee Bartel: Guitar (Rhythm) Johnny Ray Bartel: Bass (Electric) Bill Bateman: Drums Lester Butler: Harmonica, Harp, Vocals Paul “The Kid” Size: Guitar Gene Taylor: Piano
The Red Devils (1994) Blackwater Roll (EP)
Músicas: 1. Blackwater Roll (Red Devils) 4:17
2. Mr Highway Man (Burnett) 3:35 3. The Backstreet Crawler (Moore, Butler) 3:38 4. The Hook (Herrera, Butler) 4:57 Músicos (prováveis): Dave Lee Bartel: Guitar (Rhythm) Johnny Ray Bartel: Bass (Electric) Bill Bateman: Drums Lester Butler: Harmonica, Harp, Vocals Paul “The Kid” Size: Guitar Gene Taylor: Piano
A biografia da banda, que segue, em tradução livre do inglês, foi extraída da Wikipedia. A Red Devils foi uma banda de Los Angeles que tocava blues rock. O grupo permaneceu ativo durante o final dos anos 80 e início dos 90. Os membros da banda incluíam o baterista Bill Bateman (também da Blasters), o guitarrista Dave Lee Bartel, o baixista Johnny Ray Bartel (também da Knitters), o guitarrista Paul “The Kid” Size e o vocalista e gaitista Lester Butler. Os visionários músicos da banda foram muitas vezes acusados de blasfêmia, por misturarem estilos musicais. Foi o que aconteceu com Lester Butler. A Red Devils fundia os gêneros americana, blues e rock alternativo. (Aqui cabe um parêntesis: o “biógrafo” da Wikipedia simplesmente pegou trechos da biografia do vocalista da banda, Lester Butler, estampada no allmusic, onde Cub Koda, dublê de guitarrista e resenhista, afirma a visionariedade de Butler, e colocou tal visionariedade como característica da Red Devils, quando, na realidade, o som do grupo é blues de raiz do início ao fim; não tem nada de mistura, de visionário; é... como bem diz o Celso Loos, a Wikipedia aceita qualquer coisa.) Butler também fazia backing vocals para luminares do blues, como Billy Boy Arnold, Ernest King e Finis Tasby. A Red Devils chamou a atenção do produtor Rick Rubin (produtor de: Red Hot Chili Peppers, Mick Jagger e Tom Petty) enquanto estava tocando no seu habitat, a King King (nota minha: segundo apurei na rede, é uma casa noturna de Los Angeles). Com Rubin, a banda lançou só um disco longo, “King King”, que foi chamado assim em homenagem ao lugar onde o grupo se apresentava regularmente. Seu som caiu no gosto de Mick Jagger, que a levou para o estúdio (sem Butler), mas as faixas não foram utilizadas, até que uma delas apareceu em uma coletânea de Jagger (lançada em 2008). Como muitas bandas, a Red Devils envolveu-se com drogas, e Butler deixou o grupo devido a esse problema. Ele apareceu no EP “Blackwater Roll”, de 1994, mas sua promessa como artista acabou não se concretizando por causa do seu vício. Butler morreu por complicações decorrentes de drogas, aos 38 anos (nota minha: mais um que vai com muita sede ao pote... se a sede fosse menor, aposto como estaria vivo até hoje).
Ken Nicol é um guitarrista/cantor/compositor ingles nascido em 27/05/1951 em Preston, Lancashire, e que em quase toda a sua carreira sempre foi bastante conceituado no meio, sem contudo nunca ter brilhado plenamente. Sua obra porém merece ser divulgada e tentaremos resgatar um pouco de sua carreira, começando com o Easy Street, que foi seu primeiro trabalho profissional, formando ao lado de seu cunhado (à época) Peter Marsh, parceria que lhe rendeu um grande contrato com a gravadora CBS. Apesar do pouco tempo de duração do conjunto (cerca de quatro anos) foram produzidos quatro discos de estúdio (LP) e diversos singles (compactos), todos que considero muito interessantes e dignos de serem apreciados. Muitos Sites e "resenhistas" apontam seu trabalho como sendo "eletric folk", mas eu penso que não se resume só a isto, pois Nicol transita abertamente pelo Soft Rock, English Blues, Jazz, baladas e Classic Rock com bastante competencia. O Easy Street foi formado por: Ken Nicol - Lead Electric and Acoustic Guitars, Vocals; Peter Marsh - Acoustic and Electric Guitars, Vocals e Richard Burgess - Drums, Congas, Percussion, Heart Beat. Estou postando aqui o segundo e o terceiro discos para que vocês possam ter uma idéia do trabalho de Nicol no início da carreira.
EASY STREET (1976) EASY STREET [Soft Rock]
01. Feels Like Heaven (4:28) 02. Lazy Dog Shandy (4:43) 03. Things I've Done Before (4:01) 04. Illogical Love (3:33) 05. Shadows On The Wall (4:15) 06. I've Been Loving You (3:46) 07. Blame The Love (3:53) 08. Part Of Me (3:39) 09. Easy Street (4:15) 10. Wait For Summer (3:16) 11. What Have We Become (2:58)
[MF] [37MB]
EASY STREET (1977) UNDER THE GLASS [Soft Rock]
01. Flying (3:33) 02. How Can You Take It So Hard (5:48) 03. Rely On You (3:48) 04. What Does The World Know (5:47) 05. Is This Real (3:42) 06. Look For The Sun/Only A Fool (4:13) 07. Strange Change (3:06) 08. I See You (5:05) 09. Night Of The 11th (4:38)
Relançamento do disco ao vivo da Kansas, lançado originalmente em 1978, em edição comemorativa do seu 30º aniversário. De disco simples virou disco duplo, com o acréscimo de 11 novas músicas, que não constaram no primitivo álbum. Edição para colecionador (mas quem não for colecionador, não precisa se acanhar: pode baixar também). Uma razoável biografia da banda, em português, pode ser acessada aqui; outra, em espanhol, aqui.
Kansas (2008) Two For The Show (30th Anniversary Edition)
Músicas:
CD 1
1. Song For America (Livgren) 7:31 2. Point Of Know Return (Ehart, Steinhardt, Walsh) 3:07
Point Of Know Return | Musicians Available 3. Paradox (Livgren, Walsh) 4:09 4. Icarus - Borne On Wings Of Steel (Livgren, Walsh) 5:58 5. Portrait [He Knew] (Livgren, Walsh) 5:19 6. Carry On Wayward Son (Livgren) 4:38 7. Journey From Mariabronn (Livgren) 8:55 8. Dust In the Wind/Acoustic Guitar Solo (Livgren) 6:19 9. Lonely Wind/Piano Solo (Walsh) 4:29 10. Mysteries And Mayhem (Livgren, Walsh) 4:01 11. Excerpt From The Lamplight Symphony (Livgren) 2:39 12. The Wall (Livgren, Walsh) 4:54 13. Magnum Opus (Ehart, Hope, Livgren, Steinhardt, Walsh, Williams) 11:18
CD 2
1. Hopelessly Human [previously unreleased] (Livgren) 8:42 2. Child Of Innocence [previously unreleased] (Livgren) 7:47 3. Belexes [previously unreleased] (Livgren) 4:34 4. Cheyenne Anthem [previously unreleased] (Livgren) 6:55 5. Lonely Street [previously unreleased] (Ehart, Hope, Walsh, Williams) 8:20 6. Miracles Out Of Nowhere [previously unreleased] (Livgren) 7:59 7. Drum Solo/The Spider [previously unreleased] (Walsh) 7:41 8. Closet Chronicles [previously unreleased] (Livgren, Walsh) 6:55 9. Down The Road [previously unreleased] (Livgren, Walsh) 3:45 10. Sparks Of The Tempest [previously unreleased] (Livgren, Walsh) 5:19 11. Bringing It Back [previously unreleased] (Cale) 7:07
Músicos: Robby Steinhardt: Vocals, Violin Steve Walsh: Vocals, Keyboards Kerry Livgren: Guitar, Keyboards Rich Williams: Guitar Dave Hope: Bass Phil Ehart: Drums, Percussion