Dois veteranos voltando à cena com bandas e discos novos (um nem tanto): Scott Holderby (Mordred) com a Hi-Nobles e Alan White (Yes, John Lennon & The Plastic Ono Band, Balls) com a White.
Hi-Nobles (2009) Shake
Músicos:
Henry Austin: Bass
Scott Holderby: Vocals
Greg Ingraham: Guitar
Guy Alvarez: Drums
Músicas:
1. Soul Sister (Holderby) 2:13
2. Ain’t No Sin (3:07)
3. Big Black Car (Deluna, Holderby) 3:32
4. Stings A Bit (Deluna, Holderby) 3:07
5. Shake! (Holderby) 2:15
6. International Playboys (Holderby) 3:07
7. Red Eye (Holderby) 2:44
8. Shelter (Hashfield, Holderby) 3:09
9. Love Don’t Come Around (Holderby) 3:07
10. Miss Addy (Holderby) 3:27
11. Don’t Go (Deluna, Holderby) 2:15
12. Gold Tipped Rhino (Holderby) 3:22
Uma sinopse histórica da banda é contada por Kirk Miller, em artigo extraído da página da Hi-Nobles no MySpace e traduzido livremente do inglês.
À procura de um cantor. Precisa ser uma pessoa metida a besta, mas não um babaca total.
Para uma banda que atualiza e revigora o clássico mod/garage rock, não é nenhuma surpresa que a Hi-Nobles – um grupo com décadas de experiência coletiva de música e mais algumas histórias pessoais envolvendo Pearl Jam, Sex Pistols e a cena metaleira da Bay Area (nota minha: região metropolitana de São Francisco, na Califórnia) – pode colocar o vigésimo primeiro século a girar sobre o padrão “como fizemos” história.
Para esta banda, tudo começou com um irritado anúncio no Craigslist (comentário meu: é um site americano de classificados) – o acima citado. “Eu vi o anúncio, e eu tinha como chamá-los sem me rebaixar”, diz Scott Holderby, um veterano da cena musical da Bay Area, provavelmente mais lembrado pelo seu tempo no grupo de metal Mordred. “E era a hora certa; eu estava procurando uma banda para fazer uma experiência. Então eu pensei em ir para a audição e dar-lhes uma chance”. Ele ri. “Porque, você sabe, eu sou metido a besta, mas não um imbecil”.
O cantor empenhou-se bastante para impressionar o grupo improvisado, que na época estava contribuindo para um projeto paralelo de um par de grandes músicos locais (incluindo membros da Black Furies, que você definitivamente conhece se você é da Bay Area). Quando Holderby chegou para a audição, já tinha tomado vários drinques durante a noite e estava segurando um copo descartável de vodka. Profissional? Talvez não. Mas como a banda deu a largada com dois originais e um cover dos Sonics, ambas as partes, possivelmente embriagadas, sentiram uma comunhão musical. Naquela noite, a Hi-Nobles nasceu. “Acho que o meu terno ajudou também”, diz Holderby. “Eu estava vestindo um terno de lapela fina de $20, de uma loja barateira. Eles gostaram, ‘este é o visual! Devíamos todos fazer isso!’. Então, agora nós todos nos vestimos formalmente”.
Alguns meses de composições, algumas mudanças de formação e um par de agitados shows locais mais tarde, o Craigslist trouxe outra parte importante do grupo – o guitarrista Greg Ingraham, mais conhecido por seu trabalho com os Avengers. Embora a lendária banda punk tivesse passado por uma reformulação há alguns anos, Ingraham tinha tempo em suas mãos e uma ânsia para fazer algo original. “Eu precisava de algo mais para me ocupar”, diz o guitarrista. “Então eu vi o anúncio, já com um olho no MySpace, e achei que eles eram muito legais”.
“Eu gosto de ter Greg na banda”, diz Holderby. “Ele traz sabedoria, paciência, compreensão... e um pouco de agito. Quero dizer, nós ainda estamos meio tensos, mas ele nos faz desordeiros”. Curiosamente, Ingraham – possivelmente o único cara no mundo que “abriu para os Sex Pistols no Winterland” e “improvisou com o Pearl Jam” em seu currículo musical – inicialmente estava preocupado em se encaixar na banda. “Na época, a Hi-Nobles tinha um som limpo. Esse foi um desafio para mim”, diz ele. “Eu sou um punk, um roqueiro hard, um bluseiro. Mas quanto mais eu tocava com eles, mais eu trabalhava em algumas distorções. Eu fiz as canções um pouco sujas”.
Você pode definitivamente ouvir a “sujeira”em “Shake!”, o disco de estréia da Hi-Nobles para o novo selo Zaentz Records. As duas faixas mais altas, “Ain’t No Sin” e “Miss Addy”, mostram Ingraham, como ele diz, “atacando no heavy fuzz”. Nas outras músicas, o álbum é um tour de force de garage rock e soul, com tempos acelerados (“Shake”), aspirações pop (“Shelter”) e um groovy explodido de órgão encharcado de R&B (“Stings a Bit”), com as teclas maníacas da arma secreta da Hi-Nobles, Jeff Hashfield.
“Jeff aparece como esse sujeito muito quieto, na prática, mas no palco, uau”, diz Holderby. “A primeira vez que tocamos juntos, ele estava enlouquecido. Eu estava fazendo piruetas, Jeff também... o nosso guitarrista estava entre mim e ele, e ele acabou se enroscando entre dois amplificadores, com o medo transparecendo no seu rosto. Ele estava com muita raiva de nós depois do show”.
Nas letras, Holderby mantém as coisas simples; embora ele lamente que esta “política/raça/religião está causando toda essa guerra e divisão” em “International Playboys”, a maioria dos seus temas hi-nobleanos gira em torno dos clássicos: “sexo, amor, traição... você sabe, as coisas normais”.
Embora grande parte das canções sejam inicialmente escritas por Holderby e Hashfield, a banda como um todo contribui com arranjos e peças individuais. “Quem quiser pode contribuir”, diz Ingraham. “É assim que eu adicionei o meu próprio som à mistura. É bastante colaborativo” (O grupo é completado pelo baixista Henry Austin e o baterista Guy Alvarez, que fornecem o contratempo groove).
Para o guitarrista, “Shake” representa um retorno muito atrasado para a ribalta. Embora os Avengers permaneçam ativos e muito amados no mundo da música – foi o Pearl Jam que solicitou pessoalmente ao grupo entrar no palco, há alguns anos, para tocar o seu clássico punk, “The American In Me” – a Hi-Nobles deu a Ingraham uma chance de formar um grupo com futuro promissor. É algo que não aconteceu em quase três décadas. “Com os Avengers, eu acho que começamos em junho de 77 e eu parei em dezembro de 78”, diz ele. “Quero dizer, eu consigo lembrar da abertura para o Sex Pistols na data da sua última turnê americana, olhando a banda ser atingida por latas de cerveja, roupas e qualquer outra coisa que você pode pensar, e ver todo o tipo de louco nos bastidores. Bill Graham não achou graça. Mas sim, desde os Avengers, eu fiz um monte de grupos menores, mas nada que realmente viajou ou foi a qualquer lugar. É bom estar de volta ao estúdio e retornar para a estrada, com algo realmente muito legal e novo”.
À procura de um cantor. Precisa ser uma pessoa metida a besta, mas não um babaca total.
Para uma banda que atualiza e revigora o clássico mod/garage rock, não é nenhuma surpresa que a Hi-Nobles – um grupo com décadas de experiência coletiva de música e mais algumas histórias pessoais envolvendo Pearl Jam, Sex Pistols e a cena metaleira da Bay Area (nota minha: região metropolitana de São Francisco, na Califórnia) – pode colocar o vigésimo primeiro século a girar sobre o padrão “como fizemos” história.
Para esta banda, tudo começou com um irritado anúncio no Craigslist (comentário meu: é um site americano de classificados) – o acima citado. “Eu vi o anúncio, e eu tinha como chamá-los sem me rebaixar”, diz Scott Holderby, um veterano da cena musical da Bay Area, provavelmente mais lembrado pelo seu tempo no grupo de metal Mordred. “E era a hora certa; eu estava procurando uma banda para fazer uma experiência. Então eu pensei em ir para a audição e dar-lhes uma chance”. Ele ri. “Porque, você sabe, eu sou metido a besta, mas não um imbecil”.
O cantor empenhou-se bastante para impressionar o grupo improvisado, que na época estava contribuindo para um projeto paralelo de um par de grandes músicos locais (incluindo membros da Black Furies, que você definitivamente conhece se você é da Bay Area). Quando Holderby chegou para a audição, já tinha tomado vários drinques durante a noite e estava segurando um copo descartável de vodka. Profissional? Talvez não. Mas como a banda deu a largada com dois originais e um cover dos Sonics, ambas as partes, possivelmente embriagadas, sentiram uma comunhão musical. Naquela noite, a Hi-Nobles nasceu. “Acho que o meu terno ajudou também”, diz Holderby. “Eu estava vestindo um terno de lapela fina de $20, de uma loja barateira. Eles gostaram, ‘este é o visual! Devíamos todos fazer isso!’. Então, agora nós todos nos vestimos formalmente”.
Alguns meses de composições, algumas mudanças de formação e um par de agitados shows locais mais tarde, o Craigslist trouxe outra parte importante do grupo – o guitarrista Greg Ingraham, mais conhecido por seu trabalho com os Avengers. Embora a lendária banda punk tivesse passado por uma reformulação há alguns anos, Ingraham tinha tempo em suas mãos e uma ânsia para fazer algo original. “Eu precisava de algo mais para me ocupar”, diz o guitarrista. “Então eu vi o anúncio, já com um olho no MySpace, e achei que eles eram muito legais”.
“Eu gosto de ter Greg na banda”, diz Holderby. “Ele traz sabedoria, paciência, compreensão... e um pouco de agito. Quero dizer, nós ainda estamos meio tensos, mas ele nos faz desordeiros”. Curiosamente, Ingraham – possivelmente o único cara no mundo que “abriu para os Sex Pistols no Winterland” e “improvisou com o Pearl Jam” em seu currículo musical – inicialmente estava preocupado em se encaixar na banda. “Na época, a Hi-Nobles tinha um som limpo. Esse foi um desafio para mim”, diz ele. “Eu sou um punk, um roqueiro hard, um bluseiro. Mas quanto mais eu tocava com eles, mais eu trabalhava em algumas distorções. Eu fiz as canções um pouco sujas”.
Você pode definitivamente ouvir a “sujeira”em “Shake!”, o disco de estréia da Hi-Nobles para o novo selo Zaentz Records. As duas faixas mais altas, “Ain’t No Sin” e “Miss Addy”, mostram Ingraham, como ele diz, “atacando no heavy fuzz”. Nas outras músicas, o álbum é um tour de force de garage rock e soul, com tempos acelerados (“Shake”), aspirações pop (“Shelter”) e um groovy explodido de órgão encharcado de R&B (“Stings a Bit”), com as teclas maníacas da arma secreta da Hi-Nobles, Jeff Hashfield.
“Jeff aparece como esse sujeito muito quieto, na prática, mas no palco, uau”, diz Holderby. “A primeira vez que tocamos juntos, ele estava enlouquecido. Eu estava fazendo piruetas, Jeff também... o nosso guitarrista estava entre mim e ele, e ele acabou se enroscando entre dois amplificadores, com o medo transparecendo no seu rosto. Ele estava com muita raiva de nós depois do show”.
Nas letras, Holderby mantém as coisas simples; embora ele lamente que esta “política/raça/religião está causando toda essa guerra e divisão” em “International Playboys”, a maioria dos seus temas hi-nobleanos gira em torno dos clássicos: “sexo, amor, traição... você sabe, as coisas normais”.
Embora grande parte das canções sejam inicialmente escritas por Holderby e Hashfield, a banda como um todo contribui com arranjos e peças individuais. “Quem quiser pode contribuir”, diz Ingraham. “É assim que eu adicionei o meu próprio som à mistura. É bastante colaborativo” (O grupo é completado pelo baixista Henry Austin e o baterista Guy Alvarez, que fornecem o contratempo groove).
Para o guitarrista, “Shake” representa um retorno muito atrasado para a ribalta. Embora os Avengers permaneçam ativos e muito amados no mundo da música – foi o Pearl Jam que solicitou pessoalmente ao grupo entrar no palco, há alguns anos, para tocar o seu clássico punk, “The American In Me” – a Hi-Nobles deu a Ingraham uma chance de formar um grupo com futuro promissor. É algo que não aconteceu em quase três décadas. “Com os Avengers, eu acho que começamos em junho de 77 e eu parei em dezembro de 78”, diz ele. “Quero dizer, eu consigo lembrar da abertura para o Sex Pistols na data da sua última turnê americana, olhando a banda ser atingida por latas de cerveja, roupas e qualquer outra coisa que você pode pensar, e ver todo o tipo de louco nos bastidores. Bill Graham não achou graça. Mas sim, desde os Avengers, eu fiz um monte de grupos menores, mas nada que realmente viajou ou foi a qualquer lugar. É bom estar de volta ao estúdio e retornar para a estrada, com algo realmente muito legal e novo”.
[FU] [32MB @160kbps]
White (2006) White
Músicos:
Alan White - drums and percussion
Geoff Downes - keyboards
Steve Boyce - basses and vocals
Karl Haug - guitars and vocals
Kevin Currie - vocals
Músicas:
1. New Day (Currie, Stockwell, White) 5:13
2. Beyond The Sea Of Lies (Boyce, Edens, Hogan) 4:33
3. Give Up Giving Up (Boyce, Edens, Hogan) 4:42
4. Crazy Believer (Currie, Haug, White) 5:32
5. Fate (Currie, Stockwell, White) 5:17
6. Dream Away (Currie, Stockwell, White) 4:41
7. Once And For All (Boyce, Edens, Hogan) 5:14
8. Mighty Love (Boyce, Edens) 7:06
9. Loyal (Currie, Stockwell, White) 4:09
10. Waterhole (Haug) 6:11
A biografia da banda, a seguir, foi extraída do seu site (www.whitemusic.net) e traduzida livremente do inglês.
Desde o estouro na cena mundial com John Lennon na Plastic Ono Band, durante a turnê “Give Peace a Chance” em Toronto, Alan White desenvolveu uma reputação de inovador musical, tanto como baterista do Yes quanto como colaborador de George Harrison e Joe Cocker. Com uma contribuição importante nas composições, Alan ajudou a levar o Yes a grandes alturas, com sucessos radiofônicos como “Owner Of A Lonely Heart”, “Changes”, “Love Will Find A Way”, “The Rhythm Of Love”, “Wondrous Stories”, “Tempus Fugit”, “Leave It”, “The Calling” e “In The Presence Of”.
Seu mais recente projeto musical é o grupo White, um veículo inteiramente novo para disputar espaço no cenário musical, com uma moderna música progressiva feita por uma banda de classe internacional. Kevin Currie fornece alma e letras tocantes com a gravidade de Peter Gabriel e Don Henley; Steve Boyce segura as pontas no baixo, com uma persuasiva dança groove e crescente apoio vocal; Karl Haug realmente é um mestre da guitarra, igualmente confortável tanto dedilhando um delicado violão acústico quanto pilotando uma guitarra elétrica; Geoff Downes, membro fundador da Buggles e Ásia (participou também do Yes), amarra a trilha sonora resultante com o trabalho enérgico do seu órgão Hammond, orquestrações excitantes e solos abrasadores.
Imersa em variedade sonora, a White evoca uma resposta emocional do seu invariável público para construir uma forte propaganda boca a boca.
Desde o estouro na cena mundial com John Lennon na Plastic Ono Band, durante a turnê “Give Peace a Chance” em Toronto, Alan White desenvolveu uma reputação de inovador musical, tanto como baterista do Yes quanto como colaborador de George Harrison e Joe Cocker. Com uma contribuição importante nas composições, Alan ajudou a levar o Yes a grandes alturas, com sucessos radiofônicos como “Owner Of A Lonely Heart”, “Changes”, “Love Will Find A Way”, “The Rhythm Of Love”, “Wondrous Stories”, “Tempus Fugit”, “Leave It”, “The Calling” e “In The Presence Of”.
Seu mais recente projeto musical é o grupo White, um veículo inteiramente novo para disputar espaço no cenário musical, com uma moderna música progressiva feita por uma banda de classe internacional. Kevin Currie fornece alma e letras tocantes com a gravidade de Peter Gabriel e Don Henley; Steve Boyce segura as pontas no baixo, com uma persuasiva dança groove e crescente apoio vocal; Karl Haug realmente é um mestre da guitarra, igualmente confortável tanto dedilhando um delicado violão acústico quanto pilotando uma guitarra elétrica; Geoff Downes, membro fundador da Buggles e Ásia (participou também do Yes), amarra a trilha sonora resultante com o trabalho enérgico do seu órgão Hammond, orquestrações excitantes e solos abrasadores.
Imersa em variedade sonora, a White evoca uma resposta emocional do seu invariável público para construir uma forte propaganda boca a boca.
[FU] [44MB @256kbps]
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