quinta-feira, 12 de março de 2009

QuintAlive - Yerblues


A seleção do QuintAlive desta semana ficou por conta de nosso colaborador, camarada, 'expert' em coletâneas, Guilherme [a.k.a. Yerblues]. Como era de se esperar, uma seleção de bandas de rock de primeira linha, com álbuns fantásticos.

Valeu pela colaboração, Yerblues.

Na próxima semana a lista de Fernando [a.k.a. oneplusone]

Peguem seus tickets e divirtam-se.

SELEÇÃO E TEXTO POR YERBLUES
Track list nos comentários


A noite do pretérito mais que perfeito
(Yerblues)

03 de maio de 1970. Esta foi a data em que uma gravadora perpetrou uma das maiores safadezas contra uma Banda e seus fãs. Foi a data de lançamento do LP (alguém ainda lembra o que é isso?) “Live at Leeds”, que continha seis faixas, todas trazendo estalos dignos do chicote de um gaúcho com síndrome de latin lover ou de um ovo fritando naquela banha que vinha em tijolos brancos (mas que diabos é isso?)... a própria Banda avisava na contracapa da bolacha que o disco era estalado mesmo; que não se tratava de defeito das “agulhas” (Deus meu, eu sou um fóssil!) ou dos aparelhos de som dos consumidores; que era um projeto meio “pirata”... Por isso o layout da capa, a mixagem ruim, o som pior ainda... enfim, o disco era uma joça! Alguns alucinados, sobretudo da imprensa, começaram uma estória de que aquele era “o melhor álbum ao vivo da história do rock” até então... você sabe como é, o público sempre vai atrás desses blá-blá-blás, afinal o que está no jornal é verdade absoluta, senão não estaria no jornal... de maneira que “Live at Leeds” alcançou o status de clássico instantâneo... quem viveu, comprou... e saiu repetindo a estória...

Mas, peraí... anos depois eu também comprei... e saí repetindo a estória... “eu vi o futuro repetir o passado”... é que em meio aos coriscos que estalavam no céu preto do vinil e aos ovos chafurdando na banha de Leeds, num transe auditivo, eu (ou) vi dois narigudos: um, vestindo um macacão daqueles de frentista do manicômio, destruía cem guitarras por minuto na minha cabeça; o outro implodindo cada pedaço de razão que ainda pudesse restar num sub-desenvolvido crânio sul-americano com uma bateria que mais parecia uma metralhadora... ah, sim... tinha ainda um contrabaixista que fazia com “seu instrumento” o que a gente poderia chamar de “justiça com as próprias mãos” e também um vocalista trajando uma suspeita camisa com braços cheios de franjinhas e que, quando não estava urrando (porra, vá usar licença poética mal assim lá nos infernos, Yerblues!), pensava que seu microfone era algum protótipo de helicóptero... como uma engrenagem bem azeitada, esse amálgama de feiúra, insanidade, suor, barulho, fúria e rock & roll jogava a pá de cal definitiva sobre os 60´s, sepultando os Burt Bacharachs, Jose Felicianos e Sonny & Cher da vida pop e mandando a mainstream hippie e o tal de paz & amor pro diabo e para o LSD que lhes carregassem... eles se chamavam The Who, ou esse tal de rock & roll, como queira, e estavam ali em Leeds, cientes de que tinham uma (ir)responsabilidade para com aquela audiência... no palco, encarnavam uma outra História defronte de um público majoritariamente universitário que só conhecia as fábulas oficiais; aquelas vestidinhas de roupas de domingo e que diziam ser o homem um animal pensante e necessariamente responsável para com seu futuro e o de seu próximo... do you think it´s alright?... sheet, no!!! O futuro era daqui a um minuto e pensar demais lembrava Nixon, De Gaulle, Carrasco Azul, Vietnã, Praga, Paris e o “Brazil” sufocando sob bombas, tanques e escombros de “teorismos” de esquerda e “diretos” de direita... we´re not gonna take it!!!... o narigudo pára e diz que um momento é suficiente pra durar uma eternidade, desde que seja bem alto! Volume, fúria e potência, é disso que se compõe a matéria do nosso momento imortal... a gente vai tatuar isso no seu cérebro... welcome to my life tatoo...

Depois de “Live at Leeds”, nada foi mais o mesmo, nem as bandas, nem os discos ao vivo, nem as platéias do rock, nem eu... o fato é que “Live at Leeds” foi o show parâmetro que todas as grandes bandas da mesma época tentaram alcançar, mas que permaneceu inatingível até 1995, quando as gravadoras lançaram um novo disco do Who, chamado... “Live at Leeds”!

Pois é, 25 anos depois do grande happening, os “guardiões da verdade” (nominalmente, a Polydor inglesa e a MCA americana), juntamente com Pete Townshend, resolveram que era hora de liberar um testemunho mais fiel do que foi aquela noite em “Leeds”, e dessa vez deixando que a fera mostrasse mais alguns dentes e mais incisivamente, para que eles ganhassem mais dinheiro. “Live at Leeds” foi remixado e remasterizado; os estalos “genuínos” foram mandados para Andrômeda (graças aos modernos artefatos da tecnologia); a versão foi solta com mais do dobro do tempo da versão original, contendo várias performances inéditas até então; e estamparam em todas revistas especializadas: “nova versão de Live at Leeds o transforma no maior disco ao vivo não só de sua era, mas de todos os tempos”. Faturaram novamente milhões em cima dos consumidores... right behind you, I see the millions... (só de vingança, a gente ganhou novamente milhões de alucinações ouvindo o “novo” Leeds), mas ainda não era o ponto final na saga de Leeds.

2001, novo milênio, nova oportunidade para uma odisséia no som e na fúria de Leeds, nova oportunidade para faturar uns milhõezinhos a mais (novamente com a participação de Pete, que devia ouvir a letra de “Como nossos pais”, sobre aquela estória do vil metal...). Se os tapes já existiam tratados em 1995, por que não lançaram essa versão em 1995?

Picuinhas à parte, sempre disseram que o grande legado do Who foi “Tommy” (John Entwistle contava que antes de “Leeds”, grande parte do público achava que o nome da Banda era “Tommy” e o disco é que se chamava The Who), e disso sempre discordei... lembro até que numa rodinha de rockers quase saiu porrada numa discussão sobre qual disco era melhor ou mais importante... “cê tá falando besteira, Yerblues, Leeds nem pode ser comparado com Tommy, espumava pelo canto da boca Nélson, meu velho amigo”... doces tempos do far niente... como que presentes na quase porradaria entre mim, “Leedsmaníaco”, e Nelson, meu amigo “Tommysta”, as gravadoras resolveram soltar o show na íntegra, todas as performances que rolaram naquela noite do pretérito mais que perfeito, incluindo “Tommy” quase na íntegra (as faixas “Cousin Kevin”, “Underture” e “Welcome” não constam desta versão ao vivo, pelo menos não na forma em que aparecem em “Tommy”). “Leeds” e “Tommy”, juntos... Cara... será possível?

E lá ia eu me preparando psicologicamente para gastar umas 90 pilas comprando - de novo! - a “nova” versão importada de “Live At Leeds”, quando, andando a esmo pelas lojas de cd desta Capital da Minas paralela e litorânea, ou seja, Vitória, me deparei, assim sem mais, com o novo testamento... “Live at Leeds, Deluxe Edition”... listening to you I get the music... e era como se ele, o cd, estivesse ali, a olhar para mim, a injetar novas cores na tatuagem dentro, a me convidar para a “Amazing Journey”, a me apresentar às novas “Acid Queen” e “Sally Simpson”, enfim, a me apresentar um novo “Tommy”, o Tommy de “Leeds”, mais louco, mais irado, divino, maravilhoso... carne, ossos e rock & roll... (apesar de minha passageira raiva dele, é hilariante a introdução que Pete faz para “Thomas”, a proto-ópera, pop ópera, rock toper... roqueteer... wathever)... tudo isso em versão nacional!!! Minha indignação de consumidor não resistiu... saquei do cartão e tomei o Magic Bus... No caminho, passei na casa do velho “Tommysta” e, juntos, fomos novamente à “Leeds”, 1970, para desfazer as diferenças... lá, ele, convertido à boa nova, me perguntou: pô, brother, engraçado, como um pedaço da eternidade pode caber dentro de um cd? O que eu podia falar?... man, I can`t explain, I can’t explain......




The Who (2001) Live at Leeds
[Deluxe Edition] [Rock]


Disc 1 [SB] [76MB]


Disc 2 [SB] [56MB]



The Guess Who (1972) Live at The Paramount
[bonus tracks] [Rock]


[SB] [84MB]



The Sensational Alex Harvey Band (1975) Live
[Rock]


[RS] [63MB]



The J. Geils Band (1972) Full House
[Blues Rock]


[RS] [48MB]



Rolling Stones (1970) Get Yer Ya Ya's Out
[Rock]


[RS] [87MB]

29 comentários:

Edson d'Aquino disse...

Irrepreensível de ponta a ponta, meu caro!
Cheguei a cogitar a inclusão do 'Get Yer...' mas acabei deixando de fora por julgar q alguém o faria; no entanto, já estava ficando preocupado de ninguém ter se lembrado desse q é um dos melhores registros ao vivo (há até pouco tempo ainda tinha a versão nacional em capa plástica da Odeon) que já ouvi e, seguramente, o melhor alive dos Stones. Foi o primeiro disco ao vivo que se preocupou em captar a catarse coletiva provocada por um show de rock.
[]ões

Yerblues disse...

Berlotas Man, certas coisas são imutáveis. Eu parto do princípio de que não há como fazer qualquer tipo de seleção sobre classic rock sem incluir alguma "coisa" dos Stones. Eu sei que vão me dizer que existem milhões de registros dos Stones melhores do que este e coisaetali, mas o Sir me disse que valeriam apenas os oficiais, então, este é o "disco ao vivo" por excelência dos Stones e ponto final. E o disco é do caralho, pô. Agora concordo que faltou uma versão pirante de Street Fighting Man... Grande abraço.

Celso Loos disse...

Então também sou um museu ambulante!

Eu tive o Live at Leeds 'pirata oficializado'. A capa era papel de embrulhar pão (na verdade era um pouco mais grosso) sem foto, apenas um carimbo "THE WHO LIVE AT LEEDS..." e o vinil devia pesar uns 300 gramas. Depois comprei o nacional, selo Polydor, com o som bem melhorado.

Já o relançamento não precisei gastar essa grana toda, pois fui presenteado por meu melhor amigo logo que chegou as lojas (valeu Jan).

Só faltou dizer que não faltaram "os especialistas" decretando que o Who estava imitando o Led.

hauahuehauha

Yerblues disse...

Huahuahua.. Pô, Celso, será que alguém vai ter coragem de se submeter a um ridículo destes??? Você lembra que o Pete tem supostamente um frase do tipo: "eu não respeito o Jimmy Page nem o Jeff Beck"??? Alguma coisa assim... bom, respeitar não é bem o termo, que ambos mais que merecem respeito... mas o fato é que o Pete é muuuuuuito mais que um guitarrista, o cara é uma força da natureza... (e, dizem alguns, comedor de criancinha, huahuahuahua... (não tem graça, Yerblues, você tem dois pimpolhos...)

Celso Loos disse...

E sobre esse lance de
"vão me dizer que existem milhões de registros dos Stones melhores do que este", alguns dirão que até boots melhores existem.

O fato é que esses boots, soundboard e os escambau só proliferaram-se por causa da NET. Para nós (datados ou não), como diria nosso amigo, só existiam 'ao vivo' desse jeito. No máximo um disquinho duplo totalizando 50 minutos.

Yerblues disse...

Sobre os piratões, você falou tudo... eu só vi a conhecer o Brussel's Affair '73 e o Texas '78 (tidos e havidos como os dois melhores boots da história dos Stones) há 2, três anos e por causa da web...

Celso Loos disse...

Esse negócio tá parecendo MSM

No "Story of The Who" (se precisar de uma cópia...) Pete fala sobre Clapton, que, com aquela sonzeira maluca do Cream rolando a mil prostrava-se no canto do palco, inerte. Aí ele solta alguma coisa do tipo 'eu jamais teria um cara daquele no WHO'
haha

José Renato disse...

Na verdade tudo é uma questão de estilo. Clapton no Cream se pudesse tocar atrás da cortina ele o faria, agora o Keith Moon não se escondia atrás de 4 bumbos como faz o Van Hallen, muito menos os demais membros do The Who. Agora comparar Led Zeppelin com The Who e pior acharem semelhantes aí é ser analfabeto mesmo.
A se destacar neste Post (além dos discos - o único que não tenho é o Alex Harvey Band - que são Discoteca Básica) a resenha do Yerblues é algo digno de efusivos elogios pois retrata com clareza e com fatos os acontecimentos pelos quais passaram milhares de roqueiros da época, nos quais eu me incluo.
Um amigo meu tinha o original bolachão "Live at Leeds" que ele tentou trocar na Loja (cidadezinha do interior ninguém sabe direito das coisas) e o cara falou que era um lote que estava com defeito e ficou de fazer a troca. Dois meses depois este meu amigo se encheu porque o cara não conseguiu um outro disco "bom" e acabou levando outro em troca (mais caro até) e rindo à toa e se gabando de ter feito um ótimo negócio. Fato é que naquela loja os discos foram todos devolvidos (uns tres se não me falha a memória) e nunca mais apareceram até chegarem os CD´s (mas aí eu já nem estava mais lá).

Marcello 'Maddy Lee' L. disse...

Graaaaaaaaaaande Yerblues!
Cara, que texto ótimo! Deu até vontade de baixar esse disco de novo!! rsrsrsrs
Eu também já tive a versão tosca original que um amigo me presenteou, com o seguinte comentário dele: Quer esse disco? Meu pai me deu esse troço, mas já veio fodido de fábrica... rsrsrs
Na discussão entre você e seu amigo, eu ainda poria uma (grande) lenha na fogueira, porque meu preferido dos narigudos é o Who's Next, que veio depois disso tudo (Tommy e Leeds).
Excelente seleção, vou baixar esse do Alex Harvey que eu nunca escutei.
Valeu!
Abração!
ML

Esquadrão SS disse...

A Revolução da Razão Pura oferece o Prêmio Carmim ao blog Seres da Noite! Com postagens de discos que compuseram a cena do rock, tanto do lado conhecido como do desconhecido. Obrigado!

http://particulaspessoal.blogspot.com/2009/03/premio-carmim.html

Abraços!

Miguelito, el Gran Chihuahua disse...

Yerblues, postagens de altíssimo nível e não tem essa de museu,não!
Rock and Roll é algo eterno, pura magia e energia que não cessam com o passar do tempo.
Um grande abraço, Miguelito.

Yerblues disse...

Super-valeus a todos os que deixaram comments. Começando pelo fim, Miguelito, o lance do "museu" foi só pra pegar da letra foda do Cazuza. Grande abraço; Maddy, de estúdio o que eu mais gosto é o Who Sell Out (cara, eu acho esse disco uma obra-prima, mais até do que o Tommy); Zé Renato, você tem toda razão, e por isso eu falei que achava que ninguém se exporia a um ridículo destes. Grande abraço; Celso, essa tua oferta é tentadora, brother, super-obrigado. Eu só queria dizer que essa varborragia que abre o post e apenas sobre o Who, pois tem um tempão que escrevi isso, então, como ando preguiçoso pra escrever, aproveitei que é o meu disco ao vivo predileto e chapei por aqui, com a chancela do Sir. Mas cada disco daqui vale um super-review. Ah, e se deleitem com esse Alex Harvey Band Live, é duuuuuuuca (como quase tudo que essa peça rara fez). RYP, Alex.

Celso Loos disse...

Pois é Yerblues

Já se passaram muitos anos mas me lembro bem muitos críticos dizendo que o Who estava imitando o ZEPP, inclusive nos duelos voz e guitarra.
Não me lembro os nomes desses gênios - poderia arriscar o da Ana Maria Bahiana - mas não tenho certeza. A única certeza é a de que nenhum era NALFA.

Bom, e com relação a Clapton, Page e Beck, é evidente ser uma questão de estilo/personalidade. Ou será que dá pra imaginar o Keith Moon segurando as baquetas de uma banda prog?

Keith Moon lendo partitura!

ueeebbbaa!

Um abração a todos.

Lawrence David disse...

Puxa, como é legal ver alguém tão cheio de tesão,de energia, usar toda sua consciência cósmica para nos revelar algo tão profundo! Muito bom este texto. Mas devemos também nos inculcar com o seguinte axioma sapiencial: apologias são sempre perigosas e carregam energia destrutiva. Ou vamos acabar achando que pessoas que jamais ouviram o tal ... como é mesmo o nome? Ah, Who, Live At Leeds, não receberam jamais em suas vidas a graça divina.Este é um disco muito bom, mas não é o melhor ... rsrsrsrsrsr hahahaha, bricadeirinha.

Yerblues disse...

Huahua, tava demorando.. olha só Lawrence, existe um outro "axioma" universal que é: cada um de nós é único e tem direito a pensar (ou pelo menos pensar que pensa) de maneira "diferente", certo? Ademais, esta é uma seleção de cunho pessoal, são os "meus" cinco discos de classic rock ao vivo prediletos. Não precisam ser os seus, ok? Ah, e mais uma coisa, quem nunca ouviu Live at Leeds NÃO RECEBEU JAMAIS EM SUA VIDA A GRAÇA DIVINA! uhahuauhauha...

Yerblues disse...

Cara, a Ana Maria Baiana falando uma merda dessas? Não pode ser... ela é Stone freak, não pode falar uma bobagem dessas impune... Não, eu sou fã da Ana... eu vou perguntar a ela lá naquele blog de cinema que ela tem... Agora, a gente não pode negar que o Hendrix, o Zepp e o Purple elevaram a "zoeira" do rock a outro patamar... era natural o Pete ficar pilhado...

Celso Loos disse...

Como disse, não me lembro e nem tenho certeza. Citei ela com poderia citar qualquer um. Mas que falavam, falavam.

Ela, Ezequiel, o Alvaro Pereira e até o Okky de Souza falavam (acho que ainda falam, pois parei de ler o que eles escrevem) muita merda, ah falavam!

Não pergunte nada a ninguém - vai por mim meu amigo - pois o limite de idiotice a que uma pessoa pode suportar ACABOU de ser atingido.

*/*

PS Também tenho um axioma:
Faz seu gênero? Baixa que é de graça; Não faz? passa batido que também não paga nada.

PS(2) Vou preparar o Story... (e não vai sem em 84 partes)

Agora, ao jogo dos sete erros!

Fernando_oneplusone disse...

Fiocu excelente prezado Yerblues. São todos albums de primeiríssima, e valeu pela inclusão do Alex Harvey Band, que salvo engano meu, nunca tinha sido postado por aqui. Tenho alguns discos deles em vinil, inclusive esse ao vivo, e um dos meus favoritos é o Penthouse Tapes, quase que totalmente de covers - School's Out, Love Story do Tull, The Osmonds e até mesmo Cheek to Cheek (imortalizada por Fred Astaire) do Irving Berlin ao vivo.
[]s!

Fernando_oneplusone disse...

Escrever na correria dá nisso...esqueci de comentar também sobre os discos da J Geils Band e do Guess Who. O da J.Geils eu comprei quando saiu, finalzinho de 72 e sem chover no molhado e falar do grande som do disco (porrada do início ao fim) eu o considero o último grande disco deles (foi o terceiro). O do Guess Who, uma das minhas bandas favoritíssimas, eu somente digo que onde eu vou, esse é um dos discos que vai junto o tempo todo.
Um amigo meu há anos foi morar em Seattle e eu falei para ele ir à porta do Paramount e pagar em meu nome 3 genuflexões em homenagem a esse show. Ele disse que fez isso. Eu acredito.
Quanto ao Get Yer, faço inteiramente meus os comentários do Edson, absolutamente corretos. Eu ainda tenho meu vinil da Odeon, selo azul e branco, aquele 'maravilhoso' sanduíche de plástico e a contracapa em preto & branco ;)
E quanto ao The Who, dizer o que mais, depois do excelente texto do Yerblues?
abraços!

Yerblues disse...

@Oneplusone,

Pois é, cada uma dessas pérolas vale um super-review... é que eu ando trabalhando que nem um condenado, então tem sobrado pouco tempo pra usar a minha "consciência cósmica" (huahuahua)... tudo que você falou sobre cada um dos discos eu assino embaixo, brother. Tomara que o Sir, terminadas as postagens de todos os membros e colaboradores do blog, abra espaço pra um Quintalive 2. Eu não sei quanto a você, mas - lá vem mais uma de minhas nerdices, huahua - eu penso que a gente saca verdadeiramente uma Banda nas apresentações ao vivo, com todas as falhas, erros, enfim... grande abraço.

joaojjjjjr disse...

Valeus, Manos!!!!

Dia desses comentei a respeito da SAHB no blog do Edson e não esperava que tal petisco estivesse à mão tão brevemente assim. Penthouse Tapes (citado mais acima) já desisti de procurar, deixei um link para um torrent ativo por mais de mês e não obtive nem um bitezinho de down.

Esse live do Guess Who estou atrás desde que li uma resenha do Lester Bangs a respeito. Ele extaltava Burton Cummings, igualando-o ao Morrison e da liberdade dele em postar-se como um poeta beatinik caidaço para "ruminar longamente":
- American bitch
- American cunt
- American slut
- American lesbian
- American schoolgirl
- American beaver, etc...
"Além de tocar gaita melhor que qualquer um desde Keith Relf."

O texto está fresquinho na memória, pois foi publicado aqui no brasil recentemente (2005), pela Conrad em uma pequena seleção de textos do saudoso crítico americano.
Sobre Who, Stones tudo já foi dito.
J. Geils vou ouvir atenciosamente. Merece a curiosidade, já que está selecionado entre esses outros petardos.
Valeu mesmo.

Jr.

Yerblues disse...

@ Jr.,

É verdade, inclusive se você lembrar, no "Quase Famosos" tem a cena do cara (boiola toda vida, huahua) que interpretou o Lester, e ele fala exatamente da versão monstruosa de American Woman com a locutora que o está entrevistando...

Rapaz, eu vou dar uma procurada por cá, não me lembro de ter o Penthouse Tapes, mas quem sabe? Não fique salivando... :-)

Abraços.

Anonymous disse...

Não conhecia a "The Sensational Alex Harvey Band" e , felizmente, graças a esta postagem tive um imenso prazer.
Valeu mesmo!

Em tempo:na primeira vez que escutei tive a leve impressão de notar que a voz do Harvey lembrasse o Neil Young dos anos de 1970.

Yerblues disse...

Cara, eu sempre notei um quê de semelhança da voz do Bon Scott com a do Alex... Beleza que você tenha curtido a SAHB... aproveitando eu queria mandar um abraço pro DINOSSAURO DO ROCK, Beto Tiussi... (porra, Tiussi, tu és um preguiçoso de merda, nunca deu as caras por cá!), uma das figuras mais queridas cá de Vitória, dono da imortal Tarkus, a loja mais roquenrou de todos os tempos desta cidadezinha de merda... Campusca neles, Tiussi!!!! (olha o jabá, Yerblues!)

Fernando_oneplusone disse...

Pessoal, eu tenho o cd do Penthouse Tapes, é só conseguir achar na minha mais do que zoneada cdteca. Mando o link numa boa, tão logo possível, pro Grande Ser.
A capa e o conceito do disco, claro, são uma zoada com o Basement Tapes do Dylan & The Band. No do Alex Harvey, os "tapes da cobertura", aparecem os caras tomando champagne, vestindo robes de chambre e etc. ao contrário do porão úmido e bolorento do original.
Yerblues, eu concordo com vc que os discos ao vivo mostram o lado real das bandas (overdubs eventuais à parte), mas também sou um fã de discos de estúdio, onde os verdadeiros artistas, sim e também, mostram-se na realidade, quanto mais acompanhando-se nas fichas técnicas quem toca o que. Dá para pegar enganadores facilmente :)
[]s e de novo, nota 10 com louvor nas escolhas. Aliás, estão todos os 'QuintAliveiros' de parabéns.

Yerblues disse...

Aêêê, Oneplusone pra presidente!!!!! Eu me enganei, eu não tenho o SAHB Penthouse Tapes... Mas, voltando às vacas frias, pô, é claro que eu também sou fissurado com os trabalhos de estúdio... Não fosse assim, meus discos de cabeceira não seriam Pet Sounds, Odessey & Oracle, Ogden's Nut Gonna Flake, e tantas outras obras-primas do rock... o que eu quis dizer, é que o Rock é um gênero que exerce todo seu impacto, transmite toda a sua energia, nas apresentações ao vivo... afinal, a gênese do rock se deu nas baladas dos negões nos anos 40/50, onde os caras tinham que fazer gato e sapato do blues, e do R&B pra manter a galera dançando, bebendo e consumindo a noite toda... enfim, rockin' & rollin'... grande abraço, brother.

Fernando_oneplusone disse...

Fale, Yerblues. Sim, eu compreendo bem o que vc quer dizer e concordo. Não é à toa que eu sou um grande fã e colecionador de boots, faz muito tempo. Ainda mais nesse tipo de discos, dá para ouvir claramente quem é quem, já que overdubs são inexistentes, claro.
Quanto ao Penthouse Tapes, a boa notícia é que achei o disco :) aguardemos ;)
Grande abraço para vc também!

Lawrence David disse...

Ahuahuahuahuahuahuahua, O Get Yer... é ducaralho. Infelizmente pela minha idade pouco avançada não tive o prazer de comprá-los quando saíram... ouvirei em breve os outros três discos da graça divina suprapostados com efervescência juvenil e consciência cósmica!

Ser da Noite disse...

Só para esclarecer: nossa intenção é fazer uma segunda rodada do QuintAlive, com um número menor de álbuns por post (dois ou três, no máximo), além de abrir para bootlegs de qualidade, confiando no critério de vcs.
Por enquanto já temos listas para serem postadas até 16/04, se não aparecerem outras.
Assim, meus camaradas, preparem suas listas para a segunda rodada.
[ ]s a todos