The Best Of Isaac Hayes By Yerblues
[Soul]
01 - Theme From Shaft (Live, 1973)
02 - The Come On (Live, 1973)
03 - Light My Fire (Live, 1973)
04 - Hyperbolicsyllablicsesquedalymistic (1969).mp3
05 - Good Love (1971)
06 - No Name (1971)
07 - Blues Crib (1974)
08 - Bumpy's Blues (1971)
09 - Cafe Regio's (1971)
10 - Driving In The Sun (1974)
11 - Pursuit Of The Pimpmobile (1974)
12 - Walk On By (1969)
13 - The End Theme (1971)
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10 de agosto, dia de desgosto para aqueles que curtem soul de primeira linha. Eu diria, um dia triste pra todos aqueles que curtem música. O soul brother Isaac Hayes bateu as botas, foi swingar os bailes de outra dimensão.
Quando se fala de Isaac Hayes, é inevitável lembrar de "Theme From Shaft" (e de toda aquela magnífica trilha sonora), canção-tema do filme de mesmo nome, pela qual Black Moses ganhou, merecidamente, um Oscar. Mas a qualidade e a quantidade do trabalho de Ike foi muito além de Shaft. O Cara já fazia parte do time da Stax-Volt desde começos dos anos 60, quando compôs com David Porter a canção Soul Man, que virou hit com Sam & Dave. Ike ficou nos bastidores da Stax ao longo dos ‘60s, produzindo, compondo, arranjando, burilando um estilo próprio, até que, em 1968, ganhou a oportunidade que esperava e lançou um disco próprio. O disco era irregular e inexpressivo, transitando entre o soul e o blues mais tradicionais. Mas os caras da Stax não deixaram Ike desanimar, e em 1969 o cara lança um dos discos mais foda da história da soul music, Hot Buttered Soul. Tudo nesse disco foi revolucionário, a começar pela capa (que aliás é a capa dos sonhos de onze entre dez rappers). Nesse disco Ike praticamente deu a receita de estilo e estabeleceu padrão de qualidade para a soul music dos anos 70. O sujeito pegava uma canção como Walk on By, por exemplo, um clássico do Burt Bacharach, metia cordas, hammond-b3 e as guitarras mais alucinadas da soul music até então (além daquele vocal cavernoso sensacional), transformando um standard do “easy listening” num happening acid-soul-mother-fucker de 12 minutos... Pura piração e deleite... Depois desse disco vieram outros muito bons, com o mesmo balanço de acid-sweet-soul, e, depois de Shaft, o cara virou uma lenda, tendo o estilo copiado (mas nunca igualado) por caras como Barry White...
Então esse post é a minha humilde homenagem a esse cara que povoou tantas tardes minhas no velho e bom cinema Hollywood (época em que existiam os cinemas nos bairros, ô saudade filadaputa...), com aquelas trilha sonoras blaxploitation ultra-cool, algumas das quais estão presentes nessa pequena compilação feita por mim mesmo. Vá em paz, brother e de vez em quando, se puder, walk on by....
Quando se fala de Isaac Hayes, é inevitável lembrar de "Theme From Shaft" (e de toda aquela magnífica trilha sonora), canção-tema do filme de mesmo nome, pela qual Black Moses ganhou, merecidamente, um Oscar. Mas a qualidade e a quantidade do trabalho de Ike foi muito além de Shaft. O Cara já fazia parte do time da Stax-Volt desde começos dos anos 60, quando compôs com David Porter a canção Soul Man, que virou hit com Sam & Dave. Ike ficou nos bastidores da Stax ao longo dos ‘60s, produzindo, compondo, arranjando, burilando um estilo próprio, até que, em 1968, ganhou a oportunidade que esperava e lançou um disco próprio. O disco era irregular e inexpressivo, transitando entre o soul e o blues mais tradicionais. Mas os caras da Stax não deixaram Ike desanimar, e em 1969 o cara lança um dos discos mais foda da história da soul music, Hot Buttered Soul. Tudo nesse disco foi revolucionário, a começar pela capa (que aliás é a capa dos sonhos de onze entre dez rappers). Nesse disco Ike praticamente deu a receita de estilo e estabeleceu padrão de qualidade para a soul music dos anos 70. O sujeito pegava uma canção como Walk on By, por exemplo, um clássico do Burt Bacharach, metia cordas, hammond-b3 e as guitarras mais alucinadas da soul music até então (além daquele vocal cavernoso sensacional), transformando um standard do “easy listening” num happening acid-soul-mother-fucker de 12 minutos... Pura piração e deleite... Depois desse disco vieram outros muito bons, com o mesmo balanço de acid-sweet-soul, e, depois de Shaft, o cara virou uma lenda, tendo o estilo copiado (mas nunca igualado) por caras como Barry White...
Então esse post é a minha humilde homenagem a esse cara que povoou tantas tardes minhas no velho e bom cinema Hollywood (época em que existiam os cinemas nos bairros, ô saudade filadaputa...), com aquelas trilha sonoras blaxploitation ultra-cool, algumas das quais estão presentes nessa pequena compilação feita por mim mesmo. Vá em paz, brother e de vez em quando, se puder, walk on by....
7 comentários:
Bela homenagem, Yerblues.
Um dos maiores nomes da soul music em todos os tempos. Aliás, pra quem, como eu, é fãzaço de soul/funk, a música black está agonizando. Salvo algumas raríssimas excessões...
[]ões
Este link estava aqui há um tempão e eu sem tempo para montar o post.
O Yerblues mandou muito bem com esta coletânea.
[ ]s
Esse vai deixar saudades. Influenciou meio mundo musical. O groove de 'Ike's Rap II' foi sampleado, reciclado e usado por trocentos artistas, de Portishead a Racionais MCs; sem contar o quanto muita gente tentou, com ou sem sucesso, emular todo aquele som que o caracterizou - a trilha de Shaft, então, nem se fala.
E pensar que muita gente só lembrará dele como a voz do Chef, do South Park...
Foi-se embora também Dorival Caymmi, querido por todos, grande compositor, cantor e pessoa totalmente do bem; o Vô Algodão, como costumávamos chamá-lo em Rio das Ostras, nosso vizinho, que deixava a molecada pular o muro da sua casa pra roubar as deliciosas frutas do seu quintal, e que sorria em cumplicidade enquanto mantinha a 'fera', sua filha Nana, afastada.
Grandes perdas, mas o legado de ambos continuará vivo pela eternidade, prova irrefutável da qualidade e importância de sua Arte.
Abração, amigos.
ML
Mandou bem, caro Yerblues...tem uma vertente soul em meu sangue....herdei do lugar onde fui criado em B.Hz.
Por lá, nos idos de 70" eu era um raro caso de rockeiro que andava no meio dos Blacks...era um outro universo...louco e divertido...e os caras me aplicaram em Issac Hayes, Al Green, James Brown, etc...Lá no fuxuca tem uma coletânea que organizei com umas pedradas da Soul Music...devo ter algum link dele.
Vai em paz mano Haye...é Marcello,
O velho dorival também se foi..."Uma incelença entrou no Paraíso...Adeus, irmão, adeus. Até o juízo final..."(Suíte dos Pescadores)
Seria o tempo devir ou finitude?
A dialética me diz que ambos...Então bola pra frente malucos...
[]ão a todos.
Belas palavras, MArcello e Big Clash. Temos que concordar com cada uma delas.
[ ]s
Pois é, pessoal, e a gente nem falou na perda irreparável do grande Bo Diddley, também há pouco tempo. Mas esse também será dignamente homenageado, se o brother César permitir, numa nova série que vem aí...
Não só permito como faço questão, Yerblues. Aguardaremos aciosamente.
[ ]s
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